Por Eduardo Pugliesi*
A
quantidade de dados em circulação aumenta diariamente e, junto a isso, a
necessidade de extrair seu real valor para apoiar nas estratégias de negócios
das organizações. De que vale coletar grandes volumes de dados se não é
possível transformá-los em insights com resultados tangíveis?
Essa
questão levanta outras perguntas quando o assunto é tomar decisões baseadas em
dados. Como garantir que sua empresa está amadurecendo seu modelo de gestão de
forma corporativa? Como ter uma gestão consistente que garanta que as
estratégias sejam seguidas nos níveis táticos e operacionais? Como assegurar
que suas filiais, Centro de Distribuição ou, até mesmo, as franquias padronizem
seus modelos de gestão?
A
resposta é que existe a possibilidade de atender a todas essas perguntas
pagando apenas sobre a geração e utilização da informação conforme a demanda
das áreas de negócios. Trata-se de um modelo diferente do que é proposto hoje e
que inclui a criação, a manutenção e a atualização de todo um ambiente com
profissionais capacitados.
A
dor das empresas na gestão e nas análises de dados provém de vários fatores,
tais como as infraestruturas que não foram projetadas para atuar de forma
holística e o ambiente que foi construído de forma desconectada entre os
departamentos. Criar e manter um time coeso e atualizado dentre as diversas
plataformas existentes exige um alto custo. E isso significa que poucas
empresas têm esses pilares alinhados, o que inviabiliza o aproveitamento do
poder dos dados que coletam.
É
neste cenário que o Analytics-as-a-Service
(AaaS) chega como uma proposta para agregar vantagem competitiva ao negócio. Em
outras palavras, o AaaS, que nada mais é do que a terceirização de todo
ambiente, pessoas e ferramentas, resulta na entrega do resultado e de insights
e, se necessário, atua diretamente junto a área de negócio para a execução de
determinadas ações sobre a informação.
A
interface elimina a necessidade de suporte interno de TI e investimento em
infraestrutura, uma vez que é disponibilizada em nuvem por meio da modalidade
SaaS (Software as a Service). As empresas, então, acessam as análises de que
precisam e quando precisam, permitindo uma maior agilidade à resposta de
cenários. Mais do que um serviço em nuvem, o modelo ajuda as empresas na
concepção de uma estratégia para que os dados estejam em alinhados aos
objetivos de negócios.
A
proposta deve atender, essencialmente, os pontos de dores dos clientes,
ajudando-os a enxergar questões emergentes e a compreender as necessidades não
satisfeitas, como por exemplo, a gestão da carteira de crédito para prever
retornos e perdas, ajustando o risco à identificação de ações corretivas e
preventivas de perdas; a análise da marca e reputação para medir
sentimentos, permitindo a segmentação comportamental; a análise para
descobrir relacionamentos e padrões ocultos de comportamento do consumidor e do
fraudador, fornecendo a detecção da fraude mais rapidamente com a
integração em tempo real, assim como a melhora da capacidade individual de
monitoramento de comportamento, entre outros.
O
Analytics-as-a-Service fornece o poder de decisão com base em dados
quantitativos. Basicamente, sai da mera acumulação de dados e de suas
interpretações para a geração de um entendimento profundo, que oriente a tomada
de decisão, ou seja, permite criar planos de ação concretos. O motor deste
crescimento é a necessidade de melhorar a satisfação do cliente e o desempenho
operacional. E, como consequência, fomentará o desenvolvimento de novos
mercados, segmentos, clientes e oportunidades.
*Eduardo
Pugliesi é diretor de Inovação e de Business Intelligence da SONDA, maior
companhia latino-americana de soluções e serviços de tecnologia