*por
Rafael Bissi
A Black Friday terminou
com cifras bem positivas, arrecadando R$ 2,1 bilhões para o e-commerce
brasileiro em 2017, um aumento de 10,3% nem relação ao ano passado, segundo
números divulgados pelo E-Bit. Para o Natal, o varejo virtual tem a expectativa
positiva de movimentar R$ 51,2 bilhões com um percentual de 40% de pessoas que
devem comprar pela internet, conforme prevê a pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Com um grande
fluxo de dinheiro percorrendo nos sistemas das lojas online nesta época do ano,
as fraudes indetectáveis na internet também se ampliam em torno dos
e-commerces. Para se ter uma ideia, um
estudo da ClearSale apontou um aumento de 51% nas tentativas de fraude
nesta Black Friday. No Natal, esta métrica
poderá aumentar, já que este tipo de ato
infelizmente se tornou comum na web.
Se houve
precaução com a segurança digital na Black Friday, imagina o quanto precisa
estar atento no maior período de compras do ano. Por isso, todo cuidado é pouco
para os lojistas de e-commerces, que cada vez
mais são vítimas das armadilhas de clientes hackers. Este tipo de consumidor,
além de comprometer o faturamento de uma operação, arranha a reputação da
companhia perante ao mercado em que atua, bem como aos clientes de boa índole.
Afinal, quem compraria em um site sem a mínima segurança e credibilidade?
Dada a pergunta, vamos às práticas. O
primeiro sinal de alerta de um cliente fraudador pode acontecer em bando. Isso
mesmo, há quadrilhas especializadas em
roubar as informações de consumidores e clonar cartões de créditos. Portando
dos dados pessoais e financeiros do comprador, os hackers abrem contas em
bancos, adquirem linhas telefônicas e financiam produtos, especialmente
eletroeletrônicos e, pasmem, automóveis. Ficar
atento aos clientes que realizam compras em poucos segundos é uma forma do
lojista virtual evitar este tipo prejuízo, assim como a utilização de
ferramentas que mapeiam o comportamento do cliente dentro do e-commerce.
Outro ponto crítico é a criação de
páginas falsas desenvolvidas para anunciar produtos com desconto. Desconfie.
Nestes sites, as mercadorias não são entregues, servindo apenas como isca para
roubar os dados do comprador. Uma dica valiosa é prestar a atenção na maneira
como é escrito o nome da loja na URL do site. Páginas idênticas a de grandes
varejistas, com mudanças quase imperceptíveis, são feitas por criminosos. Às
vezes uma letra a mais ou menos pode levar o consumidor ao limbo e impactar
negativamente na reputação da sua loja. Além disso, veja se existe a sigla
“https” na barra de navegação e se o site possui selo de segurança. Para saber,
basta ver se o ícone do cadeado está no canto esquerdo do address bar.
Se tiver, as chances de uma compra segura são maiores.
Diante do crescimento exponencial destas e de outras
vulnerabilidades no e-commerce, é necessário para não dizer obrigatório, que os
sites proporcionem segurança aos clientes bem-intencionados, mas também é
impreterível olhar com mais afinco para aqueles que agem com segundas intenções
e que podem deteriorar o seu negócio. Sendo assim, detectar e se prevenir ainda
são as melhores saídas para as empresas aproveitarem o melhor momento comercial
do ano.