FRANQUIAS: UMA ESTRATÉGIA ALIADA AOS PROCESSOS DE GESTÃO


                                                                                                   Por Michele Tiergarten *


Um dos segmentos que apresentou maior destaque nos últimos anos é o setor de franquias (franchising), que obteve o crescimento de algo em torno de 20% ao ano.
Entende-se por franchising como sendo uma perspectiva de negócio no qual um empresário investirá determinada quantidade de capital em uma empresa que concederá direito ao uso e divulgação da marca, incluindo a estrutura de acordo com o padrão pré-definido e autorização para comercialização dos produtos e serviços em determinada região.
Dentre os principais motivos para uma pessoa iniciar uma franquia, podemos relacionar alguns, como o empresário ser um consumidor da marca, ter indicações ou ter visto anúncios atrativos para iniciar o negócio e, por fim, ser passível de menor esforço na abertura de uma franquia em comparação com a abertura de um negócio tradicional.
Diante desta realidade, muitos novos empresários consideram o investimento em franquias como sinônimo de lucratividade e, neste âmbito, sequer analisam o tipo de negócio, mercado e região escolhidos.
A falta de informação, entretanto, leva o empresário a perder o capital investido, contrair dívidas e prejuízos ao invés do “lucro garantido”. Portanto, antes de assinar um contrato de franquias, o empresário deve dedicar tempo e esforço na construção do plano de negócios, analisar o mercado, a região, bem como os itens essenciais de responsabilidade do franqueador, tais como transferência de know-how operacional relacionado à gestão do negócio.
É fundamental que o empresário possua conhecimentos amplos e desenvolva habilidades voltadas à gestão administrativa, financeira e comercial com relação aos processos da empresa para, então, obter o sucesso almejado.
De acordo com o Sebrae, a escolha da franquia deve envolver um raciocínio altamente organizado por parte do empresário investidor diante do conhecimento sobre o sistema de franchising, incluindo avaliação do negócio, investimento necessário, conhecimento da empresa franqueadora, além da autoavaliação com relação às habilidades e conhecimentos adquiridos ao longo dos anos e que podem agregar valor na primeira operação do negócio.
O empresário franqueado é o único responsável pelos resultados da franquia, é de sua responsabilidade investir e reinvestir no negócio, remunerar o franqueador pelos royalties, bem como assegurar a gestão com pessoal qualificado e com perfil adequado seguindo e preservando as regras do sistema.
Este cenário de intensa concorrência, competição e frequentes mudanças confere aos empresários dedicação para criar novas e melhores maneiras de responder aos desafios e problemas organizacionais.
Neste contexto, o investimento em Tecnologia da Informação (TI) surge como apoio e geração de economia ao empresário, possibilitando a consolidação das informações administrativas, financeiras e comerciais da empresa, bem como promovendo a profissionalização dos funcionários e adequando-os às estratégias da nova empresa, que é assegurar o foco no resultado.

* Michele Tiergarten é especialista em Gestão da Informação e do Conhecimento, mestre em Administração de Empresas e diretora comercial da Megasul Sistemas, software house especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão para o comércio varejista.