Colaboração no setor de Óleo e Gás: organização, redução de custo e riscos


Por Marcus Granadeiro

A Ferramenta de Colaboração é uma tecnologia que avançou muito no setor de Engenharia na última década, mas ainda está muito aquém do que pode ser aproveitada. É uma tecnologia que nasceu com a Internet, normalmente através da nuvem, em uma modalidade que atualmente chamamos de software como serviço ou SaaS, do inglês, Software as a Service.
Sendo um dos pioneiros deste mercado sempre tive dificuldade de definir e explicar a tecnologia. Ela contém muitos recursos de gerenciamento de documentos, mas não é exatamente um sistema GED/EDMS. Possui a capacidade de automatizar o gerenciamento de processos, porém não é um sistema de BPM. Tem recursos como wiki, blog e fórum de discussão, contudo não é uma simples intranet. Depois de muitos anos no mercado cheguei à conclusão que a melhor definição é a de que se trata de uma plataforma para desenvolver o gerenciamento de processos, documentos e comunicação na nuvem.
Quando se fala em nuvem associada ao modelo de comercialização como serviço, abre-se um leque muito grande de possibilidades, podendo ser aplicado desde uma pequena empresa até aos maiores projetos de infraestrutura do País. Tudo depende do porte, da qualidade do serviço e da segurança contratada.
Começando pelo setor de Óleo e Gás, o grande potencial da aplicação neste segmento está na organização do grande volume de informação desestruturada que é trocada e gerada durante a gestão contratual. Esta organização traz benefícios em termos de redução de custos e redução de riscos contratuais, principalmente quando a parametrização tem uma equipe de advogados para auxiliar na melhor maneira de se organizar e estruturar os documentos, dados e troca de informações.
No setor de infraestrutura, em geral, o conceito de Colaboração também se iniciou com a gestão de documentos de projeto, mas, neste caso, o foco foi muito mais o controle da comunicação, pois os processos já estavam formalizados. Nestes casos, os objetivos são: redução de custo, ganho de agilidade e maior qualidade na prestação do serviço prestado.  Outra aplicação forte da tecnologia está na gestão das inspeções e vistorias, pois tudo acontece online, com recursos para garantir mais transparência e garantias, reduzindo os riscos.
No cenário atual, em que faltam engenheiros no mercado, há muitos problemas contratuais e as previsões são extrapoladas, com riscos amplificados, não seria o momento de se pensar nesta ferramenta? A Colaboração facilita os processos e a comunicação nos projetos de infraestrutura, trazendo mais produtividade, transparência e resultados assertivos.

Marcus Granadeiro é presidente da Construtivo.com, empresa de fornecimento de solução para gestão e processos de ponta a ponta para o mercado de engenharia, com oferta 100% na nuvem e na modalidade de serviço (SaaS).