Por Alex Marin
Empregadores de todos os
setores estão na expectativa da implantação de um novo modelo de relacionamento
e de troca de dados com o Fisco no que diz respeito a informações trabalhistas,
o eSocial, que trilha os mesmos caminhos dos demais projetos do SPED – NF-e,
Contábil, Fiscal e Contribuições, respectivamente nesta ordem.
Junto a esta sensação de
ansiedade, vem uma avalanche de dúvidas e informações do meio especializado. Os
envolvidos e consumidores destes canais e seus conteúdos precisam tomar cuidado
e realizar um filtro criterioso sobre o que é uma informação útil, marketing de
terrorismo ou, simplesmente, fumaça.
Com a propagação das
mídias sociais e a facilidade de publicar e indexar informações na rede,
consumimos e compartilhamos conteúdos, opiniões e pareceres que, muitas veze,
não têm o intuito de esclarecer ou enriquecer a discussão, mas sim, de vender
produtos e serviços através do terrorismo e da retórica corporativa. Expressões
que remetem a um verdadeiro apocalipse fiscal acuam e hipnotizam os envolvidos
mais desavisados.
Não que qualquer projeto
desta magnitude seja tranquilo. Temos vários interessados: empresas,
fornecedores de software, consultores, auditores, pessoas, órgãos competentes
etc. Mas precisamos contemporizar e estabelecer uma linha de trabalho que
realmente venha a contribuir para melhorias das relações entre Fisco e empresa.
Ocorre que muitos dos que aproveitam do momento de incertezas para vender
produtos e serviços não contam com o suporte de uma ferramenta, uma metodologia
ou uma instituição com conhecimento e experiência suficientes para entregar
algum tipo de valor.
O modelo adotado para o
eSocial é uma evolução da arquitetura tecnológica da consagrada Nota Fiscal
eletrônica, o que minimiza os riscos e trás na bagagem de quem participou de
projetos passados lições aprendidas importantes. Além dos requisitos funcionais
e de negócio (leiaute, eventos, campos, regras de validação, entre outros), é
preciso que as empresas conheçam e envolvam os times de Tecnologia da
Informação, pois o modelo de troca de informações envolve conceitos avançados
de arquitetura. O quanto o software é robusto, escalável, estável, seguro e
performático dependem fortemente da forma como ele foi desenhado.
Uma vez mitigado os
riscos, tendo a participação efetiva de todos os envolvidos, contratando
produtos e serviços de empresas sérias e com experiência no assunto, certamente
o eSocial irá galgar o mesmo sucesso da Nota Fiscal eletrônica, ajudando o
Fisco a cumprir seu papel para que façamos o nosso País mais competitivo.
Alex Marin Silva é Gerente de Produto da Divisão de
Aplicativos da Sonda IT, integradora que provê soluções de tecnologia de ponta
a ponta, e está envolvido no projeto do eSocial.