Estudo inédito sobre consumo mostra que as empresas passaram a perceber o consumidor brasileiro mais consciente na hora da compra
Pesquisa da DOM
Strategy Partners aponta como os maiores varejistas do País enxergam os
consumidores cada vez mais conscientes, um fenômeno que supostamente ganha peso
com a sustentabilidade em voga, e quais mudanças essas atitudes acarretam no
processo de comunicação, vendas e relacionamento empresas consumidores
A DOM Strategy Partners,
consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa, realizou uma
pesquisa inédita com diretores e gerentes de comunicação, marketing, comercial
e de sustentabilidade de 314 dos 500 maiores varejistas com atuação no Brasil,
sendo 56% de companhias nacionais e 44% de multinacionais, para saber como as
empresas do setor enxergam, atualmente, o modelo de consumo mais consciente
apresentado pelo cliente final.
A pesquisa foi dividida
entre as seguintes categorias do mercado: (I) varejo de produtos, tais como
supermercados, vestuário, livrarias, eletrônicos, pet e artigos para casa; (II)
varejo de bens de consumo, que inclui alimentos e bebidas, beleza e cosméticos,
farmacêutica, higiene e limpeza; (III) varejo financeiro, envolvendo bancos,
cartões de crédito, seguros e previdência; (IV) varejo de convergência, como
telefonia, TV a cabo e internet; e por fim o (V) varejo de serviços,
concentrando clínicas e hospitais, redes de restaurantes e fast foods, cinemas,
universidades, escolas, hotelaria e companhias aéreas.
A média geral da pesquisa,
entre todas as categorias, aponta que 70% dos varejistas percebem que seus
consumidores estão mais conscientes, segundo as empresas entrevistadas. Mais
precisamente, em cada categoria, os subsegmentos que mais se destacaram foram
os bancos (84%), as farmacêuticas (83%), as universidades (79%) e os supermercados
(78%).
Apesar do peso da
sustentabilidade neste fenômeno representar 65%, de fato, na hora da decisão da
compra, o peso real da sustentabilidade representa, na verdade, apenas 31%.
Entre os principais atributos apontados como impulsionadores desta mudança e
evolução do consumidor estão a influência de especialistas ou outros
consumidores através de redes e comunidades, atingindo 37,5%, e o preço, que
aparece no ranking com 28,12%.
O resultado desta mudança
no comportamento do consumidor cada vez mais conectado e interado com diversas
redes, conhecido como consumidor 2.0, afeta diretamente a forma do varejo se
comunicar com esse novo perfil de cliente. Em média, 68% dos varejistas
entrevistados alteraram suas propagandas e seu marketing. Entre os subsegmentos
que se destacaram neste processo estão os bancos (91%), o setor de alimentos e
bebidas (84%), assim como os supermercados (81%). O atendimento também teve seu
devido impacto, acarretando alteração em 70% do mercado pesquisado. Desses, os
que mais mudaram sua forma de servir foram novamente os bancos (88%) e os
supermercados (79%), assim como os segmentos de hotelaria e de companhias
aéreas, ambos apresentando um índice de 78% de modificação.
Além de implantar novos
modelos comerciais, dinâmica que ocorreu em 61% das redes entrevistadas, a
implementação ou melhora dos programas de fidelidade também ganharam
importância, refletindo em 68% das empresas presentes no estudo.
Consequentemente, o aumento da competição por consumidor se tornou uma estratégia
que está no topo da lista de prioridades dessas redes. Aproximadamente 81%
adotaram este alvo.
“Apesar da influência de
outros consumidores e do preço deterem mais impacto na visão dos varejistas, de
certo, novas bandeiras passam a fazer parte do processo de consumo, tais como o
respeito aos animais, negação à pirataria, qualidade de vida e auto-estima
estão entre as principais bandeiras, o que mostra um importante processo de
evolução e conscientização no modelo de consumo”, finaliza Daniel Domeneghetti,
CEO da DOM Strategy Partners.