Por Alex Eduardo Braga*
Como todo profissional, às
vezes procuro imaginar quais são as particularidades que outras áreas enfrentam
para tentar entender quais são seus objetivos e as suas dificuldades para
atingi-los. Digo que apenas tento, pois aprendi que muito do conhecimento que
adquirimos em nossa vida provém da união dos esforços acadêmicos e
profissionais, tornando difícil obter um entendimento pleno sobre outras
disciplinas, sem a experiência adequada.
Uma das certezas que eu
possuo é que, devido ao alto grau de especialização existente na maioria das
profissões, como médicos, acadêmicos, analistas, entre outros, muitas vezes
achamos que o melhor profissional está em uma destas categorias. De nenhuma
maneira, quero desmerecer a importância destes, mesmo porque faço parte de um
deles. Mas, o que pretendo enfatizar é que entre todos, apenas um tipo de
profissional consegue superar em competência e excelência todos os outros.
Trata-se de um profissional muito especial e às vezes pouco valorizado, porém é
indispensável ao funcionamento de organizações. Ele se chama “cliente”.
Pode soar estranho colocar
o seu cliente no mesmo patamar que os profissionais de sua empresa, mas reflita
antes sobre as seguintes considerações. Por definição, o cliente sempre buscará
o melhor produto ou serviço. Buscar o melhor, independente de seu campo de
atuação, é a uma das características mais desejadas de um profissional que
sempre deve almejar o melhor resultado na realização de suas atividades.
Quando o cliente
(fornecedor) adquire um produto ou serviço, como um sistema, a intenção é obter
os melhores resultados, sem precisar desviar o foco de sua atividade principal,
que é atender ao seu próprio cliente. Todo verdadeiro profissional, seja ele
gestor ou colaborador, tende a agir de maneira similar, maximizando os seus
resultados ao focar os seus esforços em sua atividade principal, direcionando
assim as necessidades especificas que não façam parte do seu escopo para as
outras áreas de atuação existentes em sua organização.
Pressupor que seu cliente não
é um profissional é o mesmo que afirmar que este escolheu o seu produto ou
serviço completamente ao acaso, e não pela competência de sua organização.
Todos os profissionais
também são clientes que usufruem de produtos ou serviços oferecidos por outros
profissionais. Sendo conscientes de nossas escolhas, sabemos que nos valemos de
nosso senso crítico, e não do acaso, para efetuar aquisições. Deste modo,
não podemos considerar que nossos clientes tenham agido de maneira diferente.
Neste contexto, quando
percebemos que os dois lados pertencem à mesma moeda, torna-se óbvio tanto a
necessidade de nos colocarmos no lugar de nossos clientes para entendermos seus
desejos e anseios, assim como para reconhecer o seu profissionalismo como um
reflexo da competência de sua organização.
*Alex Eduardo Braga é analista de suporte da
Store Automação, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor
logístico