por Rodrigo Recchia*
Em
empresas de todos os ramos, encontramos processos que poderiam ser melhorados,
produtos com defeitos recorrentes, serviços prestados de maneira precária,
entre outras situações que causam impacto negativo, tanto financeiramente
quanto com relação à imagem destas organizações. Todas essas situações citadas
culminam em perda de qualidade dos produtos ou serviços prestados e,
consequentemente, em insatisfação do cliente final.
Os
Seis Sigmas, do inglês Six Sigma, tem como uma de suas principais finalidades a
melhoria contínua nos processos organizacionais e produtivos. Por meio de um
planejamento eficaz, tem como meta o aumento da lucratividade e a diminuição
dos desperdícios, gerando confiabilidade e valorização do serviço prestado ou
produto vendido.
O
Sigma, representado pela décima oitava letra do alfabeto grego, indica o nível
de qualidade dos serviços apresentado pelas empresas na execução dos seus
processos produtivos. Por essa razão, é utilizado como uma metodologia que
tenciona à redução dos desperdícios e à geração de lucro com o intuito de
extrair uma maior satisfação por parte dos parceiros, clientes ou fornecedores
de uma determinada empresa.
Visando
a melhoria nos processos organizacionais já existentes, os Seis Sigmas sugerem
a utilização da metodologia DMAIC (Define, Measure, Analyse, Improve e Control),
responsável por definir o objetivo a ser alcançado na resolução dos problemas.
Isso inclui a mensuração dos dados coletados referentes às falhas nos
processos, a análise de tais dados, verificando suas entradas, causas e
efeitos, a melhoria dos processos com as soluções encontradas e definidas nas
fases anteriores e o controle das melhorias aplicadas, ou seja, se estão
surtindo o resultado desejado continuamente.
Na
vertente logística, uma das ferramentas mais utilizadas para a melhoria da
manipulação dos produtos dentro de um armazém logístico é o investimento em
softwares. Nesse sentido, o software WMS (Warehouse Management System)
juntamente com a tecnologia de RFID (Radio Frequency Identification), atrelada
a coletores de dados e esteiras automatizadas, tornam possível o controle total
das operações dentro de um armazém. Cabe aqui ressaltar que uma vez
contextualizadas dentro da metodologia DMAIC, estas ferramentas estariam na
fase de Improve (melhoria).
No
entanto, a utilização da metodologia Seis Sigmas requer investimento. No caso
dos operadores logísticos, softwares, equipamentos e, principalmente, a
capacitação de funcionários são fatores de suma importância para a
materialização de tal procedimento metodológico. Logo, a mentalidade da alta
gerência em acreditar que o investimento tem como objetivo a melhoria contínua
dos processos e serviços prestados em sua empresa deve ser o principal pilar de
sustentação da implantação da metodologia.
Entre
as possibilidades já citadas, podemos também acrescentar a assessoria e
consultoria externa como grandes aliadas para o aumento da maturidade do
operador logístico no que diz respeito à sua eficácia nos serviços prestados.
Desse
modo, a satisfação e a lucratividade já demonstradas só serão alcançadas com a
redução de perdas e, consequentemente, com a melhoria dos processos. Na
logística atual, a qual prima, cada vez mais, pela dinamicidade e por
resultados imediatos, o investimento em softwares, equipamentos e recursos
capacitados trarão os atributos necessários para que o operador logístico tenha
a competividade para alcançar seus objetivos estratégicos e aumentar sua
visibilidade como empresa confiável e detentora de legítima qualidade.
*Rodrigo Recchia é gestor de desenvolvimento do produto WMS Store
Automação, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor
logístico