Calor de Goiânia leva empresa a liberar traje informal todos os dias e criar hábitos de alimentação saudável aos funcionários

Casual Week, distribuição de frutas frescas e a criação de um lounge climatizado são as medidas adotadas pela Máxima Sistemas para driblar os dias quentes na região As temperaturas recordes registradas recentemente em Goiânia provocam a passos largos mudanças no cotidiano das empresas. Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que a marca dos 40ºC atingida nos últimos meses foi considerada a maior temperatura já registrada pelo órgão desde que as medições começaram a ser feitas na capital de Goiás, em 1937. Para não castigar ainda mais a vida do trabalhador desta região, várias empresas começaram a liberar trajes mais leves ao invés dos aquecidos ternos, gravatas e tailleurs femininos. Na Máxima Sistemas, empresa goiana que atua no setor de Tecnologia da Informação (TI), o desconforto causado pelo calor foi levado em consideração ao ponto da companhia criar uma iniciativa inédita no Estado, o casual week. Ao invés dos seus funcionários trocarem o visual formal pelo casual somente às sextas-feiras, como é comum em algumas organizações, a companhia liberou o uso de bermudas para os homens e de vestidos e blusas mais fresquinhas às mulheres todos os dias da semana. Segundo Katia Monteiro, diretora executiva da Máxima Sistemas, a receptividade por parte dos funcionários foi excelente. “A ideia é bem recebida a cada dia que passa. Quanto mais confortável o empregado pode passar o seu expediente, maior será a chance de produtividade e de dedicação dele”, acrescenta. A política é voltada aos 98 colaboradores, independente do nível hierárquico. Até mesmo o presidente da companhia, Wagner Patrus, adere ao novo dress code e nos dias mais quentes deixa o terno de lado e opta pelo jeans e camisa esporte. Porém, a empresa deixa claro que foram estabelecidos limites quanto aos looks usados pelo time. “Pedimos paras mulheres ficarem atentas aos decotes e comprimentos, assim como, para os homens escolherem uma bermuda com corte mais clássico. A dica básica é se olhar no espelho e perguntar: parece que eu estou indo trabalhar?”, conta Kátia. A Máxima Sistemas também investe na criação de uma sala de refeição e um lounge climatizado para descanso dos profissionais. “O lounge é uma boa opção para quem não quer enfrentar o sol desanimador do meio-dia para almoçar. Pedimos nossa refeição por telefone, recebemos na sala de refeição, nos alimentamos e em seguida podemos usufruir do conforto deste espaço sem estressar com o calor que faz lá fora”, detalha o colaborador Raul Silva, que atua na área de Suporte da Máxima e que considera o espaço um refúgio para recarregar as energias. Se pelo ponto de vista do calor a prática é vista com bons olhos pela equipe, a qualidade de vida também. Um exemplo é a funcionária Ana Marcela, estrategista da organização, que deixou de trabalhar de automóvel após a criação do lounge, pois não necessita se locomover mais para restaurantes próximos à sede da Máxima. Segundo a funcionária, uma das razões para ela ir de carro para empresa era ganhar tempo na saída e chegada do almoço. “Hoje ganhei qualidade na minha refeição e minutos valiosos a mais de repouso”, aponta. As altas temperaturas têm provocado até mudanças no comportamento alimentar do time da Máxima. Formado em sua maioria por um público jovem, na faixa etária de 25 a 35 anos, a companhia aproveita o clima quente, propício para consumir alimentos mais frescos e naturais, para fomentar o projeto “Viva Bem Máxima”. A iniciativa visa levar aos profissionais da empresa um cardápio mais saudável e balanceado, composto por frutas frescas, pão integral e sucos naturais. O quadro de funcionários tem muitos jovens e por estarem nesta fase da vida não se preocupam ainda com uma alimentação saudável. Muitos comem hambúrgueres, batata-frita e refrigerantes algumas vezes na semana. Segundo a companhia, a intenção não é posar de mãe chata, mas, sim, que o hábito saudável surja organicamente no dia a dia do funcionário. O programa, que inicialmente se aplica uma vez na semana, já visualiza bons saldos na prática alimentar de alguns funcionários. “Um grupo fechou paralelamente com a empresa que distribui as frutas para receber em outros dias da semana. Ou seja, estamos implantando um novo estilo de vida ao colaborador. Meta cumprida”, comemora Kátia Monteiro.