por Marco Santos*
Na
contramão da recessão econômica e da instabilidade política, o setor de
Tecnologia da Informação (TI) deve fechar o ano com um crescimento estimado em
3%, segundo dados de um estudo produzido pela Associação Brasileira das
Empresas de Software (Abes) em parceria com o IDC. Nem mesmo a redução das
equipes nas organizações freou o mercado.
Este
cenário nada mais é do que reflexo de como se movimenta o setor de TI,
inclusive dentro do setor financeiro. Em tempos de crise, os projetos voltam-se
à redução de custos. Quando a economia volta a emergir, somam-se os projetos de
inovação na lista de prioridades do CIO. Ou seja, a TI está para otimizar os
processos e, consequentemente, alavancar os negócios, suportando as atividades
de forma competitiva e eficaz, ao mesmo tempo para promover a evolução das
organizações no atendimento de clientes e consumidores.
Para
2017, a expectativa é que nem só de redução de custos e otimização de serviços
viverão as corporações e instituições financeiras. Somados a estes serviços tão
requisitados, virão tecnologias emergentes, foco na experiência do cliente e
que vão digitalizar e integrar processos e pessoas por meio da Transformação
Digital. Lembrando que tornar um processo digital não significa digitalizá-lo
apenas, dando sequência a fluxos de trabalho existentes, mas sim de
reinventá-lo por completo.
Além
disso, veremos o retorno dos investimentos que ficaram espalhados pela América
Latina no período crítico da recessão brasileira. É hora do nosso País retomar
o crescimento a partir da injeção dada pelos investidores estrangeiros. E as
medidas que estão sendo aplicadas pelo governo, somado aos movimentos contra a
corrupção encabeçadas pelo ministério público, trazem de volta a confiança de
que o Brasil é um país promissor.
O
setor de TI deve continuar despontando em 2017. Já adianta o Gartner que os
gastos globais com TI devem crescer 2,9% em 2017 em relação a 2016. O Brasil,
segundo o instituto de pesquisa, seguirá a tendência global no próximo ano e
promete atingir o mesmo índice do resto, do mundo, alcançando a média de R$
236, 1 bilhões.
É
hora de arregaçar as mangas e alavancar a TI no processo de Transformação
Digital das empresas, assumindo, definitivamente, um papel fundamental na
sociedade digital.
*Marco Santos é
managing director Latam da GFT, companhia de Tecnologia da Informação
especializada em Digital para o setor financeiro.