Companhias de seguro despontam como o
setor mais propenso a mudar o relacionamento com os fornecedores neste ano,
segundo o levantamento da consultoria global Protiviti junto ao The Shared
Assessments
Realizada
com 539 executivos do mundo todo, a pesquisa
anual da consultoria global Protiviti junto ao The Shared Assessments sobre
Gestão de Riscos de Fornecedores, mostra que 53% das empresas entrevistadas
devem deixar ou mudar as relações com alguns fornecedores devido aos elevados
níveis de riscos.
Companhias de seguro,
incluindo planos de saúde, aparecem como as empresas que provavelmente irão
realizar movimentos de redução de riscos, tendo preocupações com os seus custos
e com a falta de expertise interna para avaliar os controles sobre
fornecedores. O estudo, em seu quarto ano, mostra que 71% das empresas do setor
securitário devem mudar suas relações com fornecedores de alto risco nos
próximos 12 meses.
Observando o cenário
brasileiro, com a promulgação da Lei da Terceirização, será cada vez mais comum
a contratação de fornecedores para prestação de serviços e estes fornecedores,
por sua vez, também contratarão seus terceiros para cumprir os contratos.
Conseguir mapear os riscos envolvidos nestas relações e estabelecer controles
será um diferencial para que as empresas possam buscar eficiência em seus
negócios sem os impactos de eventuais riscos materializados.
O conselheiro sênior do
The Santa Fe Group (Shared Assessments Program), Gary Roboff, diz que apesar de
alguma evolução geral da gestão de risco de fornecedores, o estudo mostrou que,
com algumas exceções, o avanço foi incremental desde a primeira interação do
estudo em 2014. “O passo mais importante que uma empresa pode dar para melhorar
a performance da gestão de risco de fornecedores é realizar avaliações
periódicas e independentes da efetividade do programa. Fazer benchmarks de
formar regular é extremamente importante frente aos desafios associados ao
ambiente de rápidas mudanças nos riscos externos e no ambiente regulatório”,
completa Roboff.
A mesma evolução pode ser
observada no Brasil. Antes, a gestão de riscos de fornecedores no País ficava
limitada ao processo de contratação de fornecedores e era focada na homologação
financeira e de aspectos administrativos, tais como certidões negativas,
regularidade nos órgãos competentes, dentre outras demandas.
“Hoje também são avaliados
aspectos ligados à imagem e à reputação de terceiros não somente na
contratação, bem como ao longo de todo o contrato. Também há uma evolução de
programas de auditoria de fornecedores para avaliar in loco se os parceiros
cumprem pontos definidos nos contratos e na legislação”, explica Thiago
Guimarães, líder da área de Business Performance Improvement (BPI) na operação
brasileira da Protiviti.
Como citado por Gary
Roboff, é importante que as empresas façam benchmarks de forma regular para
entender quais riscos o mercado entende como críticos, mapear quais de seus
fornecedores e contratos estão expostos a ameaças e poder atualizar o programa
de gestão de riscos de fornecedores da empresa para torna-lo mais efetivo e
evitar a exposição de seus negócios.