Dados de inteligência
de mercado da SetaDigital apontam retração do setor no ano passado, mas vendas
que antecederam o Natal apontam boas perspectivas em 2019
Janeiro de 2019 – Os dados de uma
amostragem com cerca de 700 lojas de calçados que utilizam o SetaIMC
(Indicadores do Mercado Calçadista) registraram juntas um faturamento de R$
1.723 bilhão em 2018, queda de 8,11% em relação ao ano anterior, que fechou em
R$ 1.875 bilhão. O SetaIMC é uma ferramenta de inteligência da SetaDigital que
visa apoiar a evolução do varejo calçadista brasileiro, coletando e fornecendo
informações consolidadas sobre o mercado.
O ticket médio do ano apresentou
ligeira retração de 0,27%, fechando em R$ 160,33 contra os R$ 160,76 do ano
anterior. Como consequência, o mark-up do período também sofreu uma variação
negativa, chegando a 115,79%, enquanto no ano anterior o índice alcançou
116,42%, ou seja, queda de 0,63%.
Diferente do cenário anual, o mês que
antecedeu o Natal resultou numa melhora na curva de desempenho das vendas. O
período registrou alta de 3,35% no faturamento, atingindo a marca de R$ 98
milhões, enquanto em 2017 o índice atingiu R$ 94,847 milhões. “Mesmo havendo um
aquecimento natural das vendas por conta do Natal, há o reflexo das novas
perspectivas econômicas em função do anúncio do novo governo”, explica
Vanderlei Kichel, CEO da SetaDigital, companhia de Tecnologia da Informação
especializada no setor calçadista.
Ainda segundo Kichel, a retração do
setor em 2018 foi reflexo das instabilidades socioeconômicas, dos escândalos de
corrupção e do aumento no índice de desemprego que marcaram o ano. “Somado a
esses fatores, ainda houve o tardamento das baixas temperaturas e a greve dos
caminhoneiros, cujas consequências impactaram no mercado como um todo. Todos
esses acontecimentos culminaram numa diminuição no consumo”, reflete o
executivo.
Apresentando números gerais do setor
calçadista em 2018, foram realizadas 10.745.867 vendas e 20.161.388 pares de
calçados foram vendidos, considerando a amostragem de lojistas que utilizam a
ferramenta. O preço médio das vendas obteve alta de 0,55%, fechando em R$
85,45, enquanto em 2017 a marca foi de R$ 84,99 milhões.
“Para 2019, consideramos que as
mudanças promovidas pelo governo somadas à demanda reprimida e às novas
perspectivas do mercado serão fatores que endossarão a retomada dos negócios e,
consequentemente, do consumo, que é um dos principais termômetros econômicos”,
finaliza Kichel.