por Fernando Motta*
O dia a dia nos hospitais particulares está longe
de ter uma rotina tranquila, especialmente em momentos de grande demanda, como
a ocasionada pela Covid-19. Um dos pontos que tornam o processo de atendimento
dos hospitais burocrático é o contato com os planos de saúde dos pacientes,
seja para solicitar autorizações ou para fazer faturamentos, entre outros
procedimentos.
Atualmente, temos um processo não padronizado
entre esses parceiros. Mas, haja vista a quantidade de informações que são
trocadas entre pacientes, hospitais e planos de saúde, é possível gerar
insights baseados nesses dados, o que trará mais eficiência operacional tanto
para os planos de saúde, como aos hospitais e, por fim, beneficiando uma melhor
experiência aos pacientes.
Sabemos que o mundo pós-Covid-19 não será o
mesmo. Estamos diante de um momento de transformação, sobretudo a digital. Sim,
o novo coronavírus acelerou a digitalização dos processos. Após a pandemia,
novos modelos de trabalho serão criados e consumidores estarão mais propensos a
trafegar suas escolhas pelo universo on-line. Surge um “novo normal”, que não
será diferente para nenhum segmento de negócio, ou seja, os operadores de saúde
também devem estar orientados a essa nova fase econômica e social que estamos
embarcando. E qual seria o caminho tecnológico para essa transição?
Para capacitar e acelerar essas empresas,
soluções de Data Science e Artificial Intelligence devem mapear os processos de
negócios e dos sistemas já utilizados pelos operadores de saúde e, a partir disso,
gerar insights para traçar cenários de melhorias, que envolvem padronizações de
processos, automatização de atividades e desenvolvimento de sistemas, como os
aplicativos de teleatendimento, que retardam à ida de pacientes aos hospitais
e, neste cenário de pandemia, evitam a exposição ao vírus e a sobrecarga nos
atendimentos físicos.
Essas tecnologias, quando combinadas, também
promovem o mapeamento completo da jornada dos pacientes baseados em dados
históricos e atuais, gerando análises e auditorias em tempo real. No caso de
aumento de solicitações de atendimento, por exemplo, as soluções identificam o
novo padrão de comportamento e geram insights para reduzir o tempo de
processamento na liberação de procedimentos ou para distribuir melhor as
equipes de trabalho de acordo com os horários de picos.
Hoje, dado ao efeito pandemia, as tecnologias
buscam atender o processo de operadores de saúde de ponta a ponta e com o menor
impacto organizacional possível, dando vazão à demanda com velocidade e
agilidade na tomada de decisão e gerando eficiência operacional. E como o mundo
não será mais o mesmo, o caminho é continuar combinando tecnologias para buscar
melhorias contínuas.
É mais que simplesmente uma atualização
tecnológica, estamos diante de uma mudança em nossas relações sociais e
econômicas, cujos principais ganhos estão na eficiência operacional e na melhor
experiência do usuário. Por isso, é urgente fazer uma avaliação de processos e
tecnologias para estar preparado com o que vem por aí pós-Coronavírus.
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Fernando
Motta é Head de Process Intelligence do gA, companhia global de tecnologia que
utiliza plataformas digitais e serviços de transformação para capacitar grandes
empresas.