Home office: gamificação para gerenciar e engajar os colaboradores


por Michelli Luersen*
Desde o início da pandemia, muitas empresas tiveram que se adaptar ao modelo de trabalho remoto e, com isso, a área de Recursos Humanos, principalmente em organizações cujo home office não era uma prática, se deparou com um desafio: a gestão de pessoas fora do ambiente corporativo.
O trabalho remoto gera uma tendência de perda quanto à dinâmica de equipe, fomentando o individualismo. Por isso, manter os funcionários produtivos e motivados tornou-se um fator determinante de sucesso em qualquer companhia, além de uma prática recomendada para apoiar a saúde física e mental dos colaboradores.
E não se trata exclusivamente de manter a produtividade e o espírito de equipe. No dia a dia do trabalho presencial, a interação acontece de forma fluída. As pessoas trocam informações sobre atividades profissionais e temas do cotidiano, como recomendações de livros e filmes, ideias, rotinas familiares, cursos, entre outros.
Mesmo remotamente, é possível manter esta prática, incentivando os colaboradores a se manterem socialmente conectados para momentos de distração e de relaxamento. Uma das soluções que atendem os desafios apontados acima é a Gamificação, que envolve o uso de mecânicas e características de jogos para engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado das pessoas em situações reais.
O modelo apoia as empresas na superação dos desafios gerados com a gestão remota. As plataformas de gamificação dedicadas a Recursos Humanos promovem a atribuição de missões, sejam individuais ou em grupos e de acordo com as necessidades do negócio, que permitem motivar e acompanhar o trabalho desenvolvido por cada colaborador, além de agregar valor ao negócio. O objetivo é integrar atividades e descontração, aliviando a tensão sem perder a eficiência.
Uma das possibilidades de Gamificação é a criação de avatares para cada funcionário. A cada missão cumprida pelo colaborador, como ‘participar de um happy hour virtual’, ‘finalizar um curso’, ‘alcançar uma meta de vendas’, ‘participar da ginástica laboral’ e etc, o funcionário ganha moedas virtuais para comprar acessórios para sua figura gráfica, além de aumentar sua produtividade nas tabelas de classificação, o que fomenta uma competição sadia. 
Como resultado, as áreas de Recursos Humanos poderão tomar decisões por meio de métricas que permitem o acompanhamento do rendimento dos profissionais. Vale ressaltar que o recurso constrói a lealdade da equipe com missões em grupo, maximizando o compromisso e a motivação dos colaboradores.
Está aí uma forma de atender e superar os desafios da gestão remota expostos em decorrência da pandemia e, não somente neste momento, mas como um processo contínuo centrado em pessoas. A gestão de mudanças e de pessoas se torna mais fácil ao transformar a forma como os funcionários de relacionam com o trabalho e os colegas de equipe.
* Michelli Luersen é head de Marketing do gA, companhia global de tecnologia que utiliza plataformas digitais e serviços de transformação para capacitar grandes empresas.