por
Douglas Silva*
Já
imaginou como a energia elétrica chega até as casas, empresas, hospitais e
indústrias? Em tese, a energia elétrica chega na tomada, porém, o processo é um
pouco mais complexo.
Além
do modo que a energia é transportada, deve-se pensar como se faz a segurança
nas operações do setor elétrico, quais são os desafios e como ela garante que a
eletricidade chegue até o consumidor.
É
importante imaginar o tamanho do desafio da gestão de segurança empresarial
para garantir a proteção das unidades que interligam todo o sistema elétrico
nacional, que é considerado fundamental para o desenvolvimento da economia de
um país por se tratar de um setor em constante expansão e que é uma alavanca
econômica. Com isso, a quantidade de problemas, como furtos e roubos, vem aumentando
ano após ano.
Aqui,
no Brasil, há indicadores que colocam os prejuízos na casa dos milhões. Só no
Estado de São Paulo, entre janeiro e setembro de 2021, as estimativas das
empresas de distribuição de energia elétrica indicam que houve um aumento de aproximadamente
130% no número de roubos e furtos de cobre. Além dos prejuízos referentes à
subtração deste material, o número traz embutido diversos outros problemas,
como multas pelo regulador, paradas constantes da transmissão ao consumidor e
transtornos devido às descargas elétricas causadas pelas interrupções.
São
inúmeros os problemas causados pelos furtos dos aterramentos de proteção de uma
subestação, além de custos onerosos, ambiente de alto risco à saúde e à
segurança humana e locais afastados dos grandes centros e de difícil acesso,
entre outros problemas que impactam na garantia da segurança destas unidades.
Então, qual a solução para garantir a proteção destes locais?
Existem
ferramentas que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades, assim como
algumas soluções podem fazer parte do portfólio do dia a dia da equipe e
auxiliar no combate e mitigação dos riscos para estes locais. Os cinco pontos
cruciais são:
1.
Ter processos e procedimentos estruturados e desenhados com equipes sempre
treinadas;
2.
Mapear as áreas de riscos dentro da área de concessão da empresa;
3.
Ter uma boa comunicação interna com as diversas equipes da companhia;
4.
Trabalhar em conjunto com órgãos públicos no combate e apoio ao mapeamento das
áreas de risco do município, bem como identificar pontos de compra e venda de
cobre;
5.
Implantar sistemas tecnológicos adequados e que tragam uma pronta resposta mais
rápida e eficiente.
Com
o cenário inicial definido, será possível desenvolver uma solução que abrange e
ajude a empresa em diversas atividades, trazendo uma visão mais ampla e
exponencial da segurança. Com a tecnologia aliada à inteligência, será possível
que a segurança empresarial expanda seus domínios nas diversas demandas que se
tem em uma operação tão crítica como é o setor elétrico. Desta forma, seja em
subestações, usinas, repetidoras ou em outras unidades da organização, a
segurança sempre estará presente.
*Douglas Silva é consultor
sênior na ICTS Security, empresa de origem israelense que atua com consultoria
e gerenciamento de operações em segurança.