por Gilmar Castro*
Com
um faturamento de bilhões no ano de 2021 e com cada vez mais adeptos, o e-commerce
no Brasil tem demonstrado crescimento. Se há alguns anos as compras on-line
eram cercadas de desconfianças por parte do consumidor, atualmente essa
experiência de consumo tem alcançado patamares irrefutáveis e contribuído com a
economia do País.
Mas,
o protagonismo do e-commerce tem encontrado um antagonista de peso, o
crime cibernético. Os golpes virtuais têm se multiplicado com velocidade ainda
maior do que aquelas prometidas nos prazos de entrega. As credenciais digitais,
ainda que possuam diversas camadas de proteção, não são invioláveis. O uso de
pagamentos eletrônicos desperta atenção de criminosos e fraudes diversas são
realizadas com o uso dos dados pessoais por meio de malwares, que são
aplicativos maliciosos, assim como o phishing, que são links que tem por
objetivo capturar dados da pessoa simulando uma instituição de confiança.
Recentemente grandes empresas e até governos foram vítimas de ransomware,
que é um software que impede o acesso aos dados.
O
conjunto de riscos e perigos associados são perenes No entanto, encontram no
conceito segurança exponencial no e-commerce um aliado para construir
barreiras por meio de ações que, isoladas ou “em camadas”, se traduzem em
soluções tanto para as empresas, quanto ao consumidor, a saber:
- Operadoras de crédito, possuem sistemas e desenvolvem
algoritmos cada vez mais robustos para identificar fraudes eletrônicas com
base no comportamento incomum de pessoas no ambiente on-line. Além
disso, estimulam o uso do cartão temporário, que pode ser gerado no
momento da compra e possui limitação de uso;
- Os softwares de monitoramento disponibilizam ao
consumidor o rastreio da mercadoria, permitindo se programar para receber
ou avisar um responsável sobre a entrega;
- Em um nível básico, não menos importante, lembremos da
importância de utilizar senhas fortes, da verificação em duas etapas,
sistemas operacionais dos dispositivos eletrônicos atualizados, bem como
da utilização de softwares de monitoramento e remoção de vírus;
- Em uma visão ampla, é altamente recomendado que os
exemplos de combate a perdas citados, estejam claramente elencados em um
Plano de Continuidade de Negócio que descreve medidas a serem tomadas para
que os processos vitais e de segurança voltem a funcionar plenamente, num
estado minimamente aceitável e o mais rápido possível, evitando assim uma
paralisação prolongada das atividades e a possibilidade de geração de
prejuízos à empresa e aos fornecedores, parceiros e clientes;
- Ainda sobre as medidas de segurança exponencial no e-commerce,
há empresas especializadas em Gerenciamento de Riscos que podem contribuir
com a gestão da prevenção de perdas, mitigação de riscos e desestímulo ao
desvio de cargas, alcançando também medidas de prevenção a acidentes e
atendimento às condições de saúde dos motoristas.
Todas
essas medidas são aliadas das empresas e dos consumidores, uma vez que
contribuem para que o e-commerce no Brasil continue a crescer de forma
sustentável e seja disruptivo ao encontrar dificuldades, além de engajar os
pequenos e grandes empreendedores para que diversifiquem, inovem e possam
satisfazer as necessidades das pessoas onde quer que elas estejam.
*Gilmar Castro é Gestor de
Segurança, especialista em gestão empresarial e Consultor Sênior Segurança
Empresarial na ICTS Security, empresa de origem israelense que atua com
consultoria e gerenciamento de operações em segurança.