Cloud Computing: Prepare-se para "Pagar somente o que usar"

Já imaginou rodar um sistema de pagamento ou se relacionar com fornecedores em uma infra-estrutura fora de uma companhia? E ainda pagar na proporção que utiliza tal solução? Essas questões podem ser respondidas através do conceitos de Cloud Computing e a oferta de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês). Já apontados no ano anterior como fortes tendências para o ano de 2010 por representar uma grande evolução no mercado de tecnologia da informação (TI), os dois modelos possibilitam benefícios reais relacionados à infra-estrutura, mas principalmente uma redução de custo na aquisição e operação de soluções tecnológicas.
Quando falamos de Cloud Computing e SaaS supomos que em um determinado momento, alguém irá assumir a responsabilidade de entregar e administrar aplicações hospedadas fora do parque tecnológico interno. Em relação aos valores, o preço da licença do formato de terceirização de software como serviço é diluído nas mensalidades sem haver a necessidade de gastar com componentes extras para que suas aplicações funcionem, ou seja, o conceito de “pague aquilo que você usar” pode ser realmente aplicado, como em contas de consumo, tais como, água, luz, gás e telefone.
Hoje é possível colocar na nuvem sistemas complexos e importantes para as empresas, pode até parecer estranho, mas podemos ter soluções de pagamento a fornecedores, empregados e demais pessoas relacionadas à cadeia de valor por meio de envio de ordem de compra e geração de nota fiscal em ambiente eletrônico. Dessa forma, com a utilização do Cloud Computing, torna-se viável o acesso ao parque de aplicativos de maneira mais rápida, simples e sob demanda, sem a obrigação de impor a complexidade do ambiente tecnológico ao usuário ou ao cliente.
Hoje já existem serviços que permitem o gerenciamento de informações financeiras e mercantis longe do ambiente empresarial e fora do sistema de Enterprise Resource Planning (ERP). Mas não pense que as soluções substituem a utilização dos ERP’s. Elas fazem aquilo que o software deveria fazer ou complementam os processos com diferenciais, como custo mais baixo de implementação e agilidade.
Segundo pesquisas do Gartner, o segmento de TI deve movimentar este ano cerca de R$ 57,7 bilhões, ficando estável em relação ao ano de 2009, porém, com fortes tendências à terceirização de serviços tecnológicos, incluindo neste caso os conceitos de Cloud Computing e SaaS.

Marcio Almeida é analista de inteligência de mercado da Nexxera, empresa provedora de serviços de TI, voltada para os segmentos financeiros e mercantil, de empresas e instituições bancárias.