Por Marcos André Tavares Gonçalves
Diante das novidades do
Fisco sobre o controle das obrigações acessórias fiscais tributárias, a exemplo
do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), mais do que nunca, pessoas e
processos são cobrados de forma implacável. Há pouco tempo, algo em torno de
seis anos, se alguém iniciasse uma conversa profissional dizendo “no meu
tempo”, em referência à área fiscal e contábil de uma empresa, teríamos a
certeza de tratar-se de uma pessoa experiente e com vivência nas práticas da
empresa. Hoje, esta referência é feita por profissionais novos, que acompanham
diariamente as atualizações das exigências do Fisco.
Eu, por exemplo, já
passei por algumas empresas e, hoje, ocupo um cargo gerencial na linha
consultiva de negócios e posso afirmar que se tivesse sido apresentado a
algumas práticas da área fiscal anteriormente, teria, com certeza, otimizado as
minhas horas de trabalho desprendidas para a operacionalização dos processos
fiscais e contábeis nas empresas. A essas práticas tão eficientes damos o nome
de BPO, sigla para Business Process Outsourcing.
As empresas carregam um
fardo muito grande para administrar os requisitos da carga tributária e,
consequentemente, os custos de operacionalização dos controles imputados. Em um
cenário onde em que os detalhes influenciam na capacidade competitiva das companhias,
aquelas que apresentarem uma visão ampla e estratégica do seu negócio,
conciliando os custos à busca pela qualidade de vida dos seus colaboradores,
estarão um passo à frente das demais.
Neste sentido, a busca
pela terceirização de processos do negócio, o BPO, cresce satisfatoriamente,
pois as empresas precisam de tempo para se dedicarem ao seu core business,
passando as atribuições do acompanhamento fiscal a especialistas do setor que,
de maneira geral, desoneram cargos gerenciais, uma vez que o trabalho do BPO é
uma modalidade em que o serviço é entregue pronto ao cliente.
As publicações do
Gartner apontam que a procura por serviços de BPO terão um aumento
representativo até 2015, mais uma vez, resultado do grande número de exigências
e alterações do Fisco. Fato este que posso reiterar segundo a minha vivência em
fechamentos de negócios neste mercado. Esta é mais do que uma tendência, é uma
realidade, sendo que a satisfação diante dos resultados que o BPO oferece é o
maior catalisador deste crescimento.
Marcos André é gerente de Consultoria
Fiscal e Negócios da unidade da Sonda IT no Rio de Janeiro, Integradora que
provê soluções de Tecnologia da Informação de ponta a ponta, abrangendo
plataformas, aplicativos e serviços de TI.