CRM Social para os bancos é a grande oportunidade para aproveitar todo o potencial das redes sociais, afirma estudo do Grupo GFT
Estudo realizado pela provedora de
serviços de TI em conjunto com pesquisadores da IESE Business School mostra o impacto das redes
sociais no setor financeiro e quais as tendências futuras
O gerenciamento de
relacionamento com clientes nas redes sociais, conhecido como CRM Social, é uma
grande oportunidade para o setor financeiro aproveitar seu potencial. O Big
Data e o peer-to-peer (P2P) também serão conceitos chaves para o futuro do segmento.
Estas são algumas das principais conclusões do relatório "O impacto das
mídias sociais no setor financeiro" que o Grupo GFT, provedor de soluções
e serviços de Tecnologia da Informação, desenvolveu em conjunto com
pesquisadores da escola de negócios espanhola IESE.
Há alguns anos fala-se
sobre o benefício do uso das redes sociais para as empresas e, como não poderia
ser diferente, o assunto também estende-se às instituições financeiras. Com
mais de 1,5 bilhão de usuários de redes sociais ao redor do mundo, ignorar este
canal de comunicação revolucionário tornou-se impossível. Pensando nisto,
durante os últimos meses foram realizadas uma séria de entrevistas com os
responsáveis de canais online e de social media das principais entidades
bancárias e seguradoras da Espanha, Alemanha, Reino Unido e Brasil.
Também foi realizada uma
análise das melhores práticas que importantes bancos internacionais fazem das
redes sociais. O objetivo do estudo era conhecer a opinião do setor sobre os
acontecimentos atuais e também analisar as tendências futuras do marketing
social e do CRM social.
As instituições
financeiras, que durante anos evitaram as redes sociais, agora entendem que
este meio tornou-se a chave para alcançar seus objetivos e perceberam que as
estratégias a serem desenvolvidas neste domínio têm um impacto direto sobre os
seus negócios. O estudo comprova que, até o momento, a maioria das iniciativas
2.0 em finanças têm se concentrado em marketing social, ou seja, têm servido
mais como um novo canal de comunicação unidirecional através do qual as
instituições divulgaram suas mensagens, informações sobre seus serviços,
ofertas ou simplesmente coletaram dados sobre seus próprios clientes.
O Bank of America, por
exemplo, criou uma comunidade online para pequenas empresas na qual os
proprietários dos negócios podem compartilhar ideias e informações. Os usuários
se beneficiam com a experiência dos outros e, por sua vez, o banco pode
aprender mais sobre seus usuários através dessas interações.
Para o country managing director
da GFT Brasil, Marco Santos, agora é a hora de dar um passo adiante e ter uma
interação real direta através das redes sociais. Isso envolve a
bidirecionalidade total entre cliente e instituição financeira. “As redes
sociais não serão, de fato, uma oportunidade real para os bancos até que se
consiga acompanhar a experiência do cliente, compreendendo e respondendo rápida
e eficazmente às suas necessidades”, explica ele.
O estudo mostra que o
potencial das redes sociais para um banco é muito mais do que possuir um canal
de Facebook. É por isso que, em vez de se concentrar apenas em Marketing
Social, o estudo garante que é essencial a integração da estratégia social do
banco com os programas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM Social).
O CRM Social enfoca o envolvimento do cliente versus a gestão tradicional do
cliente. Para isso, é imprescindível melhorar os processos de negócios, as
tecnologias de apoio e ajudar a alcançar os seguintes objetivos: adquirir,
reter, compreender, ouvir e colaborar com os clientes.
Alguns provedores de
serviços financeiros já implementaram iniciativas interessantes de como
as estratégias de mídia social devem estar baseadas em CRM Social. O Banco
Sabadell, da Espanha, por exemplo, conta com uma equipe de profissionais
dedicados à busca - através de diferentes plataformas - de reclamações de
clientes ou discussões sobre seus serviços e ofertas. Quando um problema é
detectado, esses agentes respondem no mesmo canal ou tentam levar o usuário
para se comunicar com serviços de apoio em canais do banco. Em suma, eles
fornecem uma solução direta para os problemas dos clientes, usando os mesmos
canais de interatividade.
Sem dúvida, o futuro dos
bancos passa pelo CRM Social, mas que outros modelos de negócios serão fundamentais
nos próximos anos para expandir o negócio financeiro? O estudo da GFT diz que,
graças ao advento das redes sociais, surgiram novas formas de serviços
financeiros, como, por exemplo, os empréstimos e os micropréstimos P2P e as
comunidades bancárias. Neste sentido, durante os próximos anos nos EUA, está
previsto um crescimento de mais de 100% deste tipo de modelo de negócio.
Outra tendência que o
setor financeiro não pode ignorar é o grande desafio que apresenta o Big Data.
A grande quantidade de informações qualitativas que podem ser extraídas dos
clientes (relacionamentos, viagens, padrões de comportamento, etc.) é uma
grande oportunidade para que os bancos possam realizar em cada um dos seus
clientes um marketing muito mais personalizado e adequado as suas necessidades.
De fato, aproveitar o uso
de mídias sociais e sua convergência com outros fatores, como, por exemplo, a
mobilidade por meio de smartphones, também será fundamental para que os bancos
consigam acompanhar seus clientes em todos os momentos, além de fornecer, onde
quer que os usuários estejam, os serviços que melhor atendem às suas
necessidades ou uma resposta rápida a quaisquer problemas que possam se
apresentar.