Por Eduardo Borba
Além do dinamismo
imposto pelo governo brasileiro através das alterações legais e da automação do
Fisco, a inovação tecnológica alavanca a geração de novas ofertas que
possibilitam atender demandas que antes eram impossíveis. Focar em inovação é
conduzir a companhia ao crescimento contínuo e em busca de resultados
sustentáveis e longevos para a corporação, desafiando, assim, o status quo e
não se contentando com a estabilidade e sucesso do momento. A criatividade é um
requisito importante, porém, fundamental mesmo é gerar o crescimento
sustentável.
A pluralização das
ofertas de soluções fiscais no mercado brasileiro é uma consequência notável da
avalanche de demanda das empresas por uma solução para atender aos SPED’s.
Contudo, um volume significativo dos novos players não tem capacidade de
investimento suficiente para perdurarem no mercado e se mostram como
oportunistas do momento.
O grande desafio desses
neófitos é a longevidade, pois a dinâmica e volatilidade do segmento fiscal
exige profundo conhecimento do tema, além de robusto suporte tecnológico para
manutenção de sua solução. Portanto, esses pequenos aventureiros são consumidos
ao longo dos anos e veem seus empreendimentos se transformarem de um sucesso
promissor na fase de startup, para uma promessa de naufrágio ao longo dos meses
de relacionamento com a base de clientes. Sendo assim, o caminho para os que
possuem melhor gestão é realizar a venda de suas empresas aos players de maior
solidez.
Na outra mão desta
estrada, encontram-se os grandes e tradicionais competidores, que usufruem de
uma base instalada bastante expressiva. Contudo, para estes, o desafio é
exatamente inovar e superar a inércia. É não sucumbir à tentação de espremer
demais sua estrutura em busca das melhores margens em curto prazo, eliminando
assim a capacidade de se reinventar e inovar.
A melhor receita de
sucesso é buscar construir o próprio futuro, aproveitando as novidades
tecnológicas, influenciando demandas e inovando com ofertas que promovam o
crescimento de seus clientes. Desta forma, a estrutura operacional se
reinventa, motivando as equipes e assegurando a proteção do investimento feito
pelos seus clientes e acionistas.
Eduardo Borba é vice-presidente da Divisão de
Aplicativos da Sonda IT, integradora que provê soluções de tecnologia de ponta
a ponta