Por Carla Amoedo Sousa*
Na condução de um processo
de mudança organizacional, falar sobre a importância da utilização de um
método, com foco em minimizar o impacto nos aspectos humanos, é tratar da
preparação das lideranças e das equipes envolvidas como condutores deste
processo.
Para ocorrer uma mudança
ou transformação pressupõe-se uma alteração de um estado ou modelo anterior para uma situação futura, que, geralmente, é
ocasionada por motivações inesperadas e incontroláveis, ou por razões
planejadas e premeditadas.
Nas organizações, isso
pode estar aliado a diferentes cenários: direcionamento estratégico, fusões ou
aquisições de novas empresas e, até mesmo, mudanças nas tecnologias utilizadas,
entre outras.
Geralmente, essas
transformações trazem a necessidade de reavaliação dos processos
organizacionais nos diferentes níveis de autoridade e responsabilidade.
Teóricos do
desenvolvimento organizacional como Kurt Lewin, afirmam que toda mudança
organizacional implica em necessária alteração de comportamentos, hábitos ou
atividades de indivíduos ou grupos.
Para que um processo de
mudança organizacional tenha sucesso, além do desejo das lideranças, é
necessário que estas desenvolvam novas competências para a gestão dos aspectos
técnicos e humanos inerentes a este tipo de processo. O impulso para o
novo momento começa com a liderança, conforme constata Leon Tolstoi: “todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém
pensa em mudar a si mesmo”.
Na preparação das
lideranças é importante a utilização de uma metodologia específica para
facilitar e legitimar o processo. Os métodos, que são um caminho para chegar a
um fim, conduzem o gerenciamento do processo de mudança para que, de fato, eles
sejam efetivos e conduzidos além do planejamento. As ações devem estar voltadas
para os focos de comunicação, capacitação e mapeamento dos impactos
organizacionais, e a execução destas atividades deve contemplar um “como” que
facilite aos condutores do processo se apropriarem deste papel e das
responsabilidades, legitimando o processo em todos os níveis da organização.
Neste aspecto é necessário
avaliar se a estrutura da metodologia contempla as etapas prioritárias para o
processo e suas atividades, tais como preparação e alinhamento da visão da
mudança, mapeamento dos impactos, estruturação do plano de transição e
comunicação e capacitação dos envolvidos.
O autor John Kotter, em
seu best seller “Liderando Mudanças”, já explica que outro aspecto é avaliar
como estas atividades devem ser conduzidas e o que contempla as análises de
funcionamento de grupos e equipes, bem como a cultura organizacional.