Por Marco Santos*
Talvez agora seja uma
palavra de uso corriqueiro, porém, a inovação é e sempre foi uma “chave
mestra”, ou seja, a porta para o sucesso do futuro. Nunca antes na história
esta palavra fez tanto sentido como agora. Em plena economia digital e global,
inovar consiste em criar algo que vá além de uma boa ideia. Agora, o cerne da
questão trata-se de criatividade, coragem e resistência. A competição global
está intensa e os ciclos de tecnologia estão se encurtando. Isso tem um impacto
fundamental sobre os requisitos da gestão da inovação. A velocidade que se
podem desenvolver novos modelos de negócio digital está evoluindo e é um fator
predominante para o êxito. Há cinco teses sobre o que fazer para inovar.
São elas.
A inovação requer uma nova forma
de pensar e de uma cultura sem medo do fracasso
Para inovar, as pessoas
precisam ser tolerantes com o que é pouco convencional, partilhar a ambição de
entender o novo e usá-lo em proveito próprio. Quando as pessoas conseguem
quebrar convenções e dão adeus às formas tradicionais de pensar, promovem
oportunidades para alcançar algo genuinamente novo. Nesta etapa, é comum
encontrar resistência, por isso é necessário energia e uma maior determinação
para convencer aos demais que a ideia está relacionada ao não ver o fracasso
como uma derrota, mas sim como uma experiência. E isso nunca foi tão
fácil, mais rápido ou mais barato do que é hoje. O melhor exemplo são os
protótipos digitais. Graças ao softwares modernos, as coisas podem ser
julgados em detalhes, simplesmente através de tentativa e erro, sem desperdiçar
incontáveis somas de soluções intermediárias recentemente desenvolvidos.
Manter o melhor do passado e dar um
novo contexto
Embora a inovação
signifique renovação, tradição e inovação não são necessariamente
excludentes. Em todo caso, trata-se de preservar o melhor do que já foi
testado e é confiável para movê-lo a um novo contexto, predominantemente
tecnológico. Trata-se de conseguir que ideias ou soluções tradicionais
traduzam-se em modelos de negócio digitais preparados para o futuro.
A renovação tecnológica
leva a outra inovação, mudando o panorama
Muitas vezes as inovações
são reconstruções engenhosas de melhorias técnicas já disponíveis no
mercado. Como resultado, as inovações técnicas podem definir ondas reais
de inovação. Em suma, desempenham um papel fundamental em todas as etapas
da cadeia de valor digital e podem mudar o jogo para indústrias inteiras. A
capacidade dos dispositivos móveis presentes em nossas vidas pessoais e
profissionais é um bom exemplo de como a tecnologia pode mudar toda a cultura
de comunicação em um tempo muito curto.
A co-inovação redefine ideias iniciais
e tornam-se novos modelos de negócios
O pensamento
unidimensional é tão estranho à própria natureza da inovação como a imobilidade
inflexível. A inovação é muito mais do que as ideias que fluem sem
restrição. O truque é passá-los através de um “funil” até que se tenha um
produto utilizável. Na GFT, envolver clientes ativamente no processo de
inovação resulta em soluções que inspiram, ou seja, tecnologias que as pessoas
identificam-se imediatamente. É importante que mais pessoas tornem-se
defensores de uma ideia, já que a inovação tem o potencial de se expandir e ser
comercializada.
Funcionários são fontes de inspiração,
condutores e multiplicadores de inovação
Na busca por uma nova
inspiração, as empresas tendem a esquecer que eles têm grandes reservas
internas de conhecimentos e ideias: seus próprios funcionários. Quantos
mais multidisciplinares forem os recursos humanos, maior o potencial que uma
empresa tem para encontrar uma ideia brilhante. Integradas nos processos
de maneira correta, essas pessoas podem ser verdadeiras incubadoras de inovação. Paralelo
a isso, a expansão do uso das redes sociais têm fundido configurações pessoais
e profissionais. Assim, os membros da equipe se tornaram multiplicadores
importantes e confiáveis, portanto, ideais para transmitirem as mensagens apropriadas.
E para você, qual é o
ponto de partida para a inovação? Pensar diferente, compartilhar opiniões
ou deixar as coisas acontecerem? O ponto de partida é tudo isso.
*Marco Santos é
country managing director da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação
especializada no setor financeiro