Ferramenta
permite às companhias de seguro avaliarem suspeitas de fraudes assim que um
sinistro é aberto
Alterar o CEP de pernoite
para pagar um valor menor no seguro do carro, automutilação ou, até mesmo,
forjar a própria morte são fraudes corriqueiras no mercado mundial de seguros.
Há seguradoras que, alegando fraude, se negam a pagar os sinistros. Sem, no
entanto, ter como comprová-las, a justiça é clara e favorável aos
beneficiários: a indenização só pode ser negada se a má-fé do segurador for
comprovada. E isso sempre foi tarefa árdua para o setor.
Apesar das investigações
empreendidas, não há ferramentas que possibilitem uma análise a partir de um
banco de dados para identificar padrões ou estabelecer possíveis conexões com
outros pedidos de indenização. Pensando em sanar esse gargalo, o Grupo GFT,
provedor global de soluções de Tecnologia da Informação para o mercado
financeiro, inova ao lançar uma solução de Big Data que avalia suspeitas no
momento em que o sinistro é aberto, fortalecendo a prevenção à fraude contra o
setor.
“As grandes seguradoras do
Brasil estão trabalhando forte no combate às fraudes, mas em processos
tradicionais de avaliação, como consultas sobre histórico profissional,
problemas de pagamentos, quantos carros o segurador já teve, entre outros. Com
a solução de Big Data, a GFT acrescenta a possibilidade de identificar
situações com características de fraude, alertando assim, a seguradora sobre
potenciais riscos e prevenindo perdas financeiras.”, explica o country managing
director da GFT Brasil, Marco Santos.
Baseada na plataforma
Apache Hadoop, que pode examinar mais de 60 milhões de registros de dados para
detectar semelhanças suspeitas em segundos, o sistema conta com componentes
Open Source com interface gráfica que reduzem os custos com infraestrutura.
"O setor, até o momento, só contava com soluções convencionais, que não
evoluíram tendo em conta os novos ardis dos fraudadores que utilizam novas
plataformas tecnológicas como Redes Sociais, Mobilidade, entre outros. Além
disso, os custos e a quantidade de trabalho envolvido em projetos de
terceirizados desestimulam as companhias em investir na prevenção à fraude
contra o seguro”, enfatiza Santos.
Com a solução da GFT, as
companhias de seguros podem identificar semelhanças suspeitas em reivindicações
anteriores assim que o sinistro for aberto. Por exemplo, se o terceiro já foi
envolvido como a parte lesada no passado ou se o local em que o acidente
ocorreu tem padrões semelhantes de reivindicação. “Os diversos bancos de dados
utilizados nas análises têm de ser padronizados. Isto assegura que diferentes
formatos de dados de sistemas já existentes sejam fundidos”, acrescenta o
executivo.
Para o Grupo GFT, a
solução dá condições ao setor de usar a ferramenta em benefício dos próprios segurados.
O pagamento indevido de sinistros por fraudes encarece o próprio seguro, já que
o preço é calculado conforme a sinistralidade (quantidade de perdas). Isso
prejudica não só as seguradoras, mas também o consumidor. Se a fraude fosse
eliminada ou reduzida, poderia haver uma redução do custo do seguro. “Muito
além de ser uma ferramenta para identificar a má-fé de alguns segurados,
estamos contribuindo para a evolução do setor através de um novo rol de
negócios”, finaliza Santos.