por
Rodrigo Recchia*
Desde seu surgimento, a
informática exerce um papel fundamental na manipulação dos dados e na geração
da informação. Inicialmente, sua aplicação era exclusivamente científica e
militar, mas, com a constante evolução, passou a apoiar as mais diversas áreas de
negócio e a se tornar uma área estratégica para as empresas.
Dentro das organizações, a
informática passou do antigo CPD (Central de Processamento de Dados), que
somente processava dados para o Departamento de Informática, para uma área
responsável por automatizar processos e desenvolvimento de softwares
específicos. Com a crescente evolução da tecnologia, as áreas de comunicação e
telefonia das empresas foram acopladas, criando-se, assim, o termo TI
(Tecnologia da Informação).
Nos últimos anos, com a convergência
de voz e dados em algumas empresas, a TI é chamada de TIC (a letra
"C" refere-se à área de Comunicação) e a tendência é incorporar
aplicativos inteligentes, tais como Smartphones, Google Glass, Android One
etc., e integrá-los aos negócios. O fenômeno poderia ser chamado de Smart
Application (Aplicações Inteligentes) e a partir disso surgir as TICs, por quê
não?
Na prática, a área de TI
vem se transformando. Antes, seu papel principal era prestar suporte e garantir
o funcionamento de sistemas, mas atualmente tornou-se uma área altamente
estratégica e sua missão é apoiar o crescimento dos negócios, gerando
diferencial competitivo e suportando a Governança Corporativa das organizações.
Mas se a tecnologia avança a passos largos, qual o impacto do avanço de TI nos
negócios, sobretudo na logística?
Seria impossível
implementar as boas práticas aplicadas à cadeia de suprimentos sem o uso de
ferramentas de TI, como, por exemplo, sistemas de WMS (Warehouse Management
System), TMS (Transportation Management System), coletores de dados, códigos de
barra, etiquetas RFID (Radio-Frequency IDentification), entre outras
tecnologias disponíveis ao mercado.
Igualmente impossível
seria a expansão de empresas com logística ineficiente, prazos não atendidos,
alto custo e baixa competitividade. Não investir em tecnologia num mundo cada
vez mais globalizado e competitivo é cavar o buraco mais fundo possível e
enterrar sua empresa e a reputação de seu negócio.
O maior desafio das
empresas é como investir. Hardware? Software? Pessoas? Sim, sim e sim. A área
de informática é composta por esse tripé, que deve obrigatoriamente ser
harmonioso. Computadores não geram diferencial competitivo por si só, pois são
necessários softwares. Os softwares não trabalham sozinhos, pois são necessárias
pessoas. Pessoas pouco qualificadas não operam o software corretamente. É um
círculo vicioso. Se sua logística deseja ser bem sucedida, esqueça o trabalho
amador. Invista na sua equipe de TI, ou TIC, ou TICs, independente da sua
nomenclatura.