*Por Luiz Caloi
Como diz o velho ditado, depois da tempestade vem a bonança. A
citação de origem popular pode ser inserida facilmente no atual momento em que
vive o mercado de Cloud Computing. Após a fase de evangelização, o conceito de
nuvem começa a ganhar corpo nas estratégias de TI das empresas. A recente pesquisa da consultoria Frost &
Sullivan, realizada com 313 companhias no Brasil, ilustra bem o cenário
aquecido que o segmento vivencia. Segundo o levantamento, cerca de 41% das
empresas brasileiras investem atualmente em algum modelo de nuvem e 42%
pretendem investir até o final de 2015.
A pesquisa, de fato, reflete uma realidade
muito aguardada pelos provedores de serviços de Data Center, que é o interesse
crescente do mercado pela nuvem. Neste processo de amadurecimento, vemos que os
gestores de TI passaram a demandar modelos diferenciados de nuvem, mas que
juntas, se tornam muito atrativas.
Enquanto há uma fatia que avalia questões como
economia por meio da cloud pública, há outra que busca mais segurança e
customização em nuvens privadas, além de um terceiro grupo que já está maduro
para unir as duas opções. É nesta interseção que o modelo híbrido tem tudo para
ganha força no mundo corporativo e ser um dos alavancadores do mercado de nuvem
no País.
E não acredito que tenha sido a crise econômica, que passou a
ditar algumas regras nas organizações, como a redução de custos, por exemplo, a
principal alavancadora para este movimento. A maturidade para a adesão à nuvem
é que chegou. A competitividade provida pela escalabilidade, a agilidade e a
performance, além dos custos, sim, passaram a ser percebidos pelas companhias
como vantagens para o atendimento da demanda de seus negócios. A tônica agora é
outra: a indagação do momento recai sobre o que vai para a nuvem privada e o
que deve se dirigir para a pública.
Informações que requerem preocupações com segurança e
privacidade têm sido as escolhidas para um ambiente privado, mesmo que este
modelo exija investimentos maiores. Enquanto isso, dados transacionais, que
geram muito volume e de maneira sazonal, estão sendo direcionados para um
ambiente público. E é nesta flexibilidade de estruturas que as empresas passam
a ver as vantagens de seguir o caminho da nuvem.
Enfim, o que podemos perceber é que a
computação em nuvem híbrida é uma estratégia muito efetiva para as médias e
grandes empresas que precisam de agilidade e escalabilidade para o atendimento
de seu negócio, sem deixar de contar com a segurança e a privacidade de suas
informações. E, em meio às necessidades
das empresas de se tornarem cada vez mais competitivas, eis que agora é a hora
de embarcar na nuvem!
Luiz Caloi é diretor de Data Center & Cloud Computing da Sonda IT,
maior integradora latino-americana de Tecnologia da Informação.