Estudo da DOM Strategy Partners avalia qual é o peso do cliente na estratégia das principais empresas do país
Levantamento
realizado com 313
CEOs das 1000 maiores companhias do Brasil revela o que pensam os maiores
líderes quando o assunto é trazer o cliente para o centro da estratégia
A
DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em estratégia
corporativa, realizou uma pesquisa com 313 CEOs das 1000 maiores empresas do
País para saber qual a verdadeira relevância do cliente dentro de suas estratégias
competitivas e sua visão de geração de valor, tanto de maneira geral, como por
enfoque setorial. Segundo o estudo, apenas 36% dos líderes entrevistados
enxergam o cliente como principal stakeholder da companhia. Os acionistas com
44%, ainda são considerados a parte mais importante dentro do grupo de
stakeholders. Funcionários e sociedade foram lembrados por 13% e 1% dos CEOs
respectivamente.
Quando
perguntados qual é o papel da empresa como agente econômico, apenas 39% dos
entrevistados apontaram gerar valor para o cliente/consumidor como prioridade
de mandato, a fim de garantir perpetuidade e também, no curto prazo, ser capaz
de responder ao contundente aumento da relevância do cliente, fruto das
evolução sem precedentes dos mercados, das novas tecnologias, das novas
regulamentações/legislações e das transformações irreversíveis nas relações de
consumo.
Para
52% dos CEOS, apesar do reconhecimento da relevância indiscutível do cliente
como ativo estratégico, gerar os resultados esperados pelos acionistas ainda é
a prioridade colocada como número 1 em sua agenda de decisões. Em terceiro
lugar, produzir e gerar
desenvolvimento sustentável para a sociedade é a melhor opção para 7% dos entrevistados.
Quando a pergunta se refere aos
desafios impostos por essa Economia do Cliente/Consumidor, 33% dos CEOS abordados
pensam que convencer o acionista,
de fato e na prática, sobre o
imperativo da mudança do eixo de priorização decisória de negócio ora centrada
no acionista para o cliente/consumidor como principal foco da
empresa é o maior desafio. Já 31% crêem que desenvolver e rentabilizar
propostas de valor e práticas diferenciadas da concorrência são os grandes desafios a serem vencidos. Por incrível que pareça, o grande dilema vigente
atualmente – ser capaz de promover o equilíbrio entre curto e longo prazo, leia-se
resultado e valor - , ficou em terceiro lugar com 22%.
No
campo mais operacional, para dar vazão ao atual momento do mercado, a pesquisa
indagou os líderes com o intuito de saber quais são os meios usados na prática
para trazer o cliente para centro da estratégia. O estudo detectou que a
dobradinha fortalecimento da atuação no Mundo Digital e Inovação são itens
básicos para 36% dos entrevistados. Na retaguarda, com 24%, Sustentabilidade
& Governança foram lembrados, assim como, Relacionamento Multicanal com
23%, e Marca e Reputação com 11%.
O
autor da pesquisa e CEO da DOM Strategy Partners, Daniel Domeneghetti, explica
que a razão do levantamento se dá por conta da época de redescoberta do óbvio,
do back to basics na qual vive as companhias.
“Atualmente
as empresas são forçadas a encarar sua verdadeira razão de ser, que está
ancorada na afirmação de que toda e qualquer empresa foi pensada, para suprir
uma demanda real ou potencial de mercado. E, por mercado entende clientes
(consumidores ou empresas). Ou seja, só sobrevivem se o mercado as autorizar.
Logo, uma empresa só passa a existir POR CAUSA de seus Clientes e só permanece
existindo se for competente em atender, satisfazer, surpreender e desenvolver
esses Clientes.”, acrescenta o executivo.
A
pesquisa foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro nas empresas com
sede nas principais capitais brasileiras e foi uma ampliação da série de
entrevistas realizadas desde 2013 com os 54 CEOS das 150 mais representativas
empresas em atuação no País, base para o desenvolvimento do livro “Feitas para
Cliente”, de coautoria de Domeneghetti.