Por Sélvio Silva
Certo
dia, no intervalo de uma palestra, um Gerente de Operações de uma pequena
empresa no ramo de produção e distribuição de alimentos me perguntou como
poderia aplicar técnicas de gerenciamento de projetos em sua organização. A
companhia estava crescendo e, na mesma proporção, aumentavam os problemas de
controle da produção e em outras áreas da empresa. Em um breve bate-papo não
foi difícil entender que sua empresa havia nascido como várias outras mundo
afora – elas geralmente nascem de um técnico empreendedor, que inicia um
negócio sem a devida estrutura existente nas grandes corporações. Com o passar
dos anos essa empresa cresce, expande seus negócios e entra definitivamente na
acirrada disputa do mercado. Neste cenário, devido à falta de um controle
eficaz das ações estratégicas, os problemas aumentam.
O
mercado globalizado atual exige que as organizações entreguem novas demandas
dento do prazo e com custos e qualidade satisfatórios. A empresa precisa ser
adaptável e flexível, de forma que sua atuação garanta sua sustentabilidade.
Dentro dessas ações estão os projetos estratégicos, que visam objetivos
específicos em determinados períodos.
No
caso citado acima, analisei que a empresa em questão já utilizava técnicas de
gerenciamento de projetos e é assim que acontece desde o início dos tempos.
Senão, imaginem como seriam construídos os edifícios mais antigos, pontes,
estradas, computadores e outros empreendimentos. Embora não utilizassem as
ferramentas, técnicas e metodologias adequadas, eles alocavam as pessoas,
controlavam o tempo, utilizavam os recursos materiais e ficavam de olho nos
riscos, não é verdade?
A
Gestão de Projetos vem sendo empregada cada vez mais nas empresas, pois melhora
sensivelmente o controle das produções, padroniza tarefas e assegura que os
recursos sejam alocados de forma eficaz. Além do mais, mantém o comprometimento
dos envolvidos e o patrocinador informado de suas necessidades e das mudanças que
ocorrem ao longo do projeto. A disciplina de Gerenciamento de Projetos, através
dos seus cinco processos – Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e
Controle e Encerramento –, se adapta ao cenário empresarial e ao mercado
competitivo, de acordo com a cultura da organização.
Algumas
empresas utilizam, por exemplo, um controle ágil de Gestão de Projetos no seu
processo produtivo, o qual pode envolver inclusive a participação dos clientes
externos da companhia. Nesta gestão também pode ser controlada toda a fase de
execução de um projeto, alocando recursos necessários, prazos, comunicações,
qualidade e riscos.
Fique
atento às ações que podem ser realizadas em forma de projetos dentro da sua
empresa. Adequar padrões de planejamento e execuções, monitorando os recursos
empregados, possibilita uma visão dos resultados estratégicos que asseguram sua
sobrevivência no mercado competitivo e prepara para o futuro.
Sélvio Silva é gerente de projetos da PC
Sistemas, companhia líder em solução de gestão para o atacado
distribuidor.