por
Eduardo Pugliesi*
Assim
como todos os noticiários, vou iniciar este artigo afirmando que estamos
vivendo um momento muito delicado no Brasil. Diferente de outras crises que
tivemos, dessa vez o cenário político trará implicações para diversas áreas do
nosso país.
Nesse
momento não temos se quer a visibilidade de futuro, pois os planos e as ações
ainda não estão desenhados, ou seja, temos a ausência da variável tempo, o que
traz insegurança para qualquer iniciativa e, mais do que isso, reforça a
conduta de que todas as alterações devem ser cuidadosamente geridas.
Como
medida para conseguir se manter em equilíbrio, as empresas estão trabalhando
arduamente para conviver com a crise, o que implica realizar além do que era
praticado no cotidiano: corte de gastos e movimentos para geração de novas
receitas, que vão desde a criação de vendas de novos produtos até o
desenvolvimento de outras práticas e novos modelos econômicos.
Sim,
é na crise que temos o impulso para sermos inovadores. Quando somos obrigados a
nos reinventar, damos espaço para criar uma nova linha de raciocínio visando
melhorias. Nesta hora, a tecnologia abre um campo imensurável de exploração,
tais como usar as soluções analíticas para medições mais precisas e que
auxiliam a tomada de decisão, assim como utilizar os sistemas de gestão para
medir detalhes que até hoje não eram medidos, pois os dados eram arredondados
ou porque as decisões tomadas eram baseadas em feeling.
É
o momento para criarmos novos indicadores de medições, trazendo uma massa de
dados maior e mais detalhada para uma base de conhecimento analítica, que
atrela ferramentas para o consumo dessas informações de forma eficiente.
Essa
reação de ações nas empresas podem ocorrer em dois grandes blocos. O primeiro
visa atender ações críticas e imediatas para contornar a crise, visando um
melhor cenário, que desencadeia no desenvolvimento de ações, produtos e
mercados até então inéditos nas operações. O segundo trata da maturação desse
cenário, visando a continuidade e colheita dos frutos mesmo após a crise.
Mesmo
que este movimento desemboque em investimentos, que nesse momento são difíceis
de serem validados, basta optar pelos sistemas vendidos como serviço, que incluem
com a utilização do Big Data justamente para convergir com os benefícios
supracitados: mais dados, interligação e correlação das informações e novos
modelos de medição com precisão. Tudo isso com baixo investimento inicial e
retorno em curto prazo por meio de contratos de grande prazo. A vontade de
inovar e de ser diferente frente à paralização geral do mercado justifica
buscar recursos de TI que garantam o ROI e, ao mesmo tempo, dá condição para
continuar a colher os frutos desse investimento durante e depois da crise.
*Eduardo
Pugliesi é diretor de Inovação e de Business Intelligence da Divisão Enterprise
Applications da Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de
Tecnologia da Informação.