Claudio Silveira
Quando pensamos em Tecnologia da Informação, não conseguimos mais separar essa
área das estratégias de negócios de uma empresa. Neste cenário, as soluções de
TI estão cada vez mais embarcadas no core business das organizações. Lição de
casa para a indústria de software de gestão empresarial. A SAP, por exemplo,
saiu à frente neste processo há alguns anos oferecendo soluções muito além do
ERP (Enterprise Resource Planning).
O
lançamento do S/4 Hana neste ano consolidou essa transição da SAP de uma
empresa focada em ERP para ser, de fato, uma companhia centrada em negócios.
Mobilidade, Business Intelligence (BI), Internet das Coisas (IoT), canais de
comunicação com o cliente, um CRM (Customer Relationship Management) que as
empresas sempre sonharam... essas aplicações não podem mais andar paralelamente
a um ERP. Todos clamam pela simplificação nos processo, ou seja, as soluções de
TI precisam andar na mesma velocidade em que avançam as inovações
tecnológicas.
E quando falamos em simplificação, a tônica desta iniciativa deve acontecer
desde o momento em que ocorre a implementação de uma solução. Projetos mais
leves, flexíveis e fluídos traduzem num retorno de investimento (ROI) mais
acelerado, além de acompanhar a evolução do negócio, que precisa ser ágil.
Simplificar
os negócios também significa fazer ‘mais com menos’, ou seja, com o mesmo valor
de um projeto tradicional é possível entregar mais e melhor aos clientes. E não
poderia ser diferente... Com um mercado caminhando para a inovação, como é o
caso da adoção da nuvem, por exemplo, ninguém mais quer esperar por um projeto
que leva um ano para ser entregue. O desafio é ter soluções digitais que acompanhem
os negócios com a mesma velocidade que o mercado demanda.
Por
isso tem que ser simples, praticamente um plug and play, ou seja, instale e
use. A regra deste jogo é trazer ao mercado aplicações que tenham o conceito de
inovação nativo no produto, tal como é o BI e a mobilidade. As organizações não
têm mais tempo de esperar para integrar essas soluções. Elas precisam estar lá,
acompanhando a dinâmica do negócio e dando base para a tomada de decisão e
promovendo a condição de decidir em qualquer lugar do mundo.
A
velocidade de gestão, decisão e da mobilidade andam lado a lado com a
necessidade de reinvenção constante do negócio e com a demanda de gerar mais
lucro e novas receitas. A rotina de gerenciamento mudou e, como consequência,
os softwares que apoiam as organizações precisam suportar essas condições. As
conexões entre pessoas, dispositivos e redes de negócios precisam ocorrer de
forma breve e os dados precisam estar disponíveis a qualquer momento para
insights imediatos.
Se
passamos a viver calçados na inovação e se temos
uma nova cultura empresarial, o que se espera é que a indústria de software
apoie o mercado com aplicações leves, que concentrem as melhores práticas e que
contenha processos de negócios de diversos segmentos da indústria, sem esquecer
da plataforma, que precisa ser simples. É isso que o mercado espera, ou melhor,
não dá para esperar. É preciso estar pronto.
Claudio Silveira é vice-presidente da
Divisão Enterprise Applications da Sonda IT, maior integradora latino-americana
de soluções de Tecnologia da Informação.