Consultoria entrevistou 137 executivos brasileiros
para saber qual é o real grau de adoção de 23 tendências de consumo consciente
sob as óticas da força, do timing de crença e da perspectiva real de adoção
A DOM Strategy Partners,
consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa, realizou uma
pesquisa com 137 executivos entre as 300 maiores companhias do País para
verificar quais são as principais tendências de consumo consciente na ótica
desses CEOs. O levantamento, realizado no primeiro trimestre de 2016, traz uma
relação de predisposições deste modelo entre empresas das categorias B2B (Business to Business), B2C (Business to Commerce) e B2B2C (Business to Business to Consumer).
Segundo o estudo, nomeado
de Agenda do consumo consciente do século XXI, o policiamento social é a
tendência com maior destaque na pesquisa sendo lembrada por 88% dos executivos,
podendo ser aplicada entre um e três anos com a perspectiva real de adoção para
85% dos entrevistados. Ao todo 23 tendências foram expostas aos executivos,
dentre elas o controle de origem dos insumos, a logística reversa e a produção
compartilhada.
Daniel Domeneghetti, autor
da pesquisa e CEO da DOM Strategy Partners, acredita que a regulamentação e
punição das empresas seria um bom caminho para convencer as companhias da
necessidade de adoção de práticas verdes.
“As empresas precisam
entender que as vantagens são inúmeras, desde satisfação e admiração de
clientes e consumidores, até ganhos de eficiência e performance operacional,
melhor integração com a cadeia de suprimentos, novas oportunidades de negócio e
novos mercados de atuação, novos perfis de consumidores, lançamentos de novos
produtos, categorias e inovações, alinhamento com a expectativa dos
stakeholders, satisfação dos funcionários, melhoria da imagem institucional,
contribuição para os desafios da Sustentabilidade e fortalecimento da licença
social para operar, dentre outros”, afirma o executivo, que liderou as
entrevistas com os CEOs.
A pesquisa foi baseada a
partir de três abordagens: a força da crença, ou seja, como tendência é
recebida; o timing para crença, o que significa tempo de aplicação; e a
perspectiva real de incorporação e adoção.
Confira na tabela abaixo o resultado
completo do levantamento.
Tendências
|
Quais tipos de
empresas devem ser mais afetadas inicialmente?
|
Força da Crença nos
Executivos
|
Tempo de aplicação
ou materialização prática da tendência, em anos
|
Perspectiva real de
incorporação/ adoção na opinião dos Executivos
|
Substituição por
saudabilidade
|
B2C
|
79%
|
3 a 5
|
64%
|
Controle de origem
dos insumos
|
B2B
|
77%
|
3 a 5
|
72%
|
Certificação de
recomendações
|
B2B2C
|
68%
|
3 a 5
|
63%
|
Rastreabilidade
integral das partes
|
B2B
|
77%
|
3 a 5
|
71%
|
Consumo de
substitutos modificados/artificias
|
B2C
|
68%
|
5 a 7
|
67%
|
Policiamento Social (Social Watchers)
|
B2C, B2B e B2B2C
|
88%
|
1 a 3
|
85%
|
Produtos e Soluções
Self made / home made
|
B2B |
81%
|
1 a 3
|
75%
|
Embaixadores de
marcas
|
B2B2C
|
81%
|
1 a 3
|
76%
|
Produção
compartilhada, mercados diluídos
|
B2C, B2B e B2B2C |
78%
|
1 a 3
|
74%
|
Customização /
segmentação em escala
|
B2C e B2B2C |
82%
|
5 a 7
|
80%
|
Corresponsabilização
de endossos
|
B2B2C
|
78%
|
5 a 7
|
74%
|
Rating Social
|
B2C e B2BC
|
82%
|
3 a 5
|
78%
|
Precificação
Dinâmica
|
B2C, B2B e B2B2C
|
78%
|
3 a 5
|
72%
|
Valorização do
Comércio Justo
|
B2B |
74%
|
3 a 5
|
71%
|
Regulamentações
globais
|
B2B
|
62%
|
5 a 7
|
60%
|
Mais barreiras de
proteção de mercados locais
|
B2B
|
74%
|
3 a 5
|
70%
|
Precificação de
externalidades e serviços ecossistêmicos
|
B2B
|
82%
|
5 a 7
|
80%
|
Escalas reversas
|
B2C, B2B e B2B2C
|
72%
|
5 a 7
|
67%
|
Reutilização
Massiva
|
B2C
|
73%
|
3 a 5
|
71%
|
Virtualização de
experiências de consumo/ realidades alternativas
|
B2C, B2B e B2B2C
|
77%
|
5 a 7
|
74%
|
Logística Reversa
|
B2C, B2B e B2B2C
|
82%
|
3 a 5
|
77%
|
Consumo por
aprendizado
|
B2C
|
70%
|
5 a 7
|
67%
|
Limitação
de vendas
|
B2C
|
62%
|
5
a 7
|
52%
|