*Por Marco Ribeiro
Com a chegada da Black
Friday, tanto os consumidores quanto as lojas virtuais tornam-se alvo de
fraudadores e criminosos virtuais que visam tirar benefícios com o desvio de
recursos e produtos, prejudicando ambos os lados nesta relação comercial.
Do lado dos
consumidores, é necessário que haja o cuidado em identificar se as lojas que
oferecem o produto são reais, se têm históricos e reputações positivas na
internet, além de oferecerem recursos suficientes para uma transação segura na
rede.
Também neste período
circulam muitos e-mails falsos, os conhecidos phishings, que carregam
consigo links para websites fraudados que distribuem um vírus ou que o induzem
o consumidor a efetuar uma compra e inserir informações de acesso como e-mail,
senha, número de cartão de crédito e outras informações utilizadas para
concretizar uma compra, porém dentro de um ambiente falso.
Um ponto importante é
garantir que o acesso à internet do consumidor esteja íntegro e que seu
roteador doméstico ou outro dispositivo não tenha sido comprometido. Para isso,
faça uma dupla checagem sobre o website que visita com um segundo dispositivo
conectado em uma rede distinta, como a rede celular 4G. Ou, como segunda opção,
peça ajuda a um amigo que utilize uma conexão de internet diferente e que possa
garantir que o conteúdo que você enxerga em determinado website está correto.
Sobre o dispositivo de
acesso, seja um computador, um tablet ou um smartphone, um bom começo para
garantir a segurança do consumidor é ter a certeza de que o aparelho conta com
a proteção adequada, como softwares de antivírus e antimalware. Para
ambos, é possível encontrar aplicações gratuitas ou pagas, que atendem de
acordo com a necessidade de proteção do usuário.
Como complemento de
segurança, recomenda-se que os dispositivos utilizem apenas softwares originais
e oficiais, e que sejam evitados conteúdos e mídias de origens duvidosas. É
importante também que não seja utilizado o perfil administrador nos
dispositivos, visto que grande parte da contaminação de computadores, seja no
uso doméstico ou corporativo, deve-se à falta de controle sobre estes perfis e
usuários administrativos. O uso dos mesmos facilita a contaminação por
softwares maliciosos, ocasionando roubo, sequestro de informações e até mesmo o
monitoramento do usuário por fraudadores.
E por fim, mas não menos
importante, o consumidor deve ter muito cuidado com as suas senhas de acesso,
pois é muito comum a criação de um mesmo código para o uso de diversos
serviços, como e-mail, redes sociais, sites de interesse pessoal ou
profissional, bancos e e-commerce. Sabendo deste comportamento, muitos
fraudadores conseguem acompanhar os passos de suas vítimas e enviar
comunicações, boletos e outras mensagens falsas que levam o usuário a efetuar
um pagamento ou transferir recursos para um fraudado.
Aqui a recomendação é
que o usuário seja criativo na hora de criar suas senhas, diferenciando-as para
cada serviço utilizado. E, para não se perder entre tantas senhas, é
recomendado o uso de um cofre de senhas, que ajuda muito na organização deste
processo e ainda conta com mecanismos de segurança e criptografia adequados.
Nada de salvar a senha no notepad!
*Marco Ribeiro é líder da prática de gestão de risco
de TI da Protiviti, consultoria global especializada em Gestão de Riscos,
Auditoria Interna, Compliance, Gestão da Ética, Prevenção à Fraude e Gestão da
Segurança.