por Eduardo Floriano*
Quando se fala em Transformação
Digital, logo pensamos em inovação, tecnologia, e-commerce, redes sociais,
mobilidade, entre outros, bem como em transformar algo que era físico em
digital, como por exemplo, os serviços bancários, que antes eram
oferecidos à população por meio de agências bancárias físicas e hoje são
disponibilizados pelo internet banking, trazendo toda a comodidade para o
usuário final com alta disponibilidade, sem restrição de tempo ou espaço.
Entretanto, para uma
empresa transformar-se digitalmente e inovar, precisamos desenvolver e
disponibilizar novos serviços e produtos que gerem valor para o negócio e que
possibilite ao usuário uma experiência gratificante na utilização destes
serviços ou produtos. É necessário ir além do simples fornecimento de um
e-commerce ou de um app no Google Play e na App Store. É essencial uma
mudança cultural.
Não adianta somente a empresa
digitalizar o seu front office e manter o seu back office burocrático e lento
nas respostas às necessidades do mercado e, ou num mal atendimento pós-venda ou
ainda a falta de habilidade e velocidade na resolução de problemas que são demandadas
pelo negócio, usuários e clientes.
O foco deve estar no cliente e em
como atender suas necessidades, resolver seus problemas de forma eficaz,
eficiente, simples e inovadora. Isto considerando todo o ciclo de vida do
serviço ou produto, ou seja, desde a sua concepção até a disponibilização para
experiência dos usuários. É essencial que as empresas trabalhem para
estabelecer um laço de confiança entre seus clientes: saber realmente ouvi-lo e
responder agilmente a seus problemas com qualidade e segurança.
Os processos que envolvem o
DevOps podem contribuir para a geração de inovação e também para a
transformação digital nas empresas. Isso porque, ao mesmo tempo que foca em
automações de processos que tangem o ciclo de vida do desenvolvimento de um
software, contribuindo para a digitalização de atividades que antes eram
executadas de forma manual, como validação da qualidade do código do software,
testes, e liberação de versões dos softwares, este modelo também aumenta o
nível de qualidade e a segurança das aplicações.
Com a implementação de DevOps, as
práticas de desenvolvimento ágil, como o Scrum, tornam-se naturais, pois focam
em entregas de softwares com ciclos rápidos. Além disso, por meio do time de
operação é realizado o monitoramento proativo das aplicações que são
disponibilizadas para os usuários. Com este procedimento é possível
identificar e ter informações de quais transações do sistema são mais acessadas
e, por exemplo, se um usuário deixou de concluir uma compra, pois ocorreu erro
na transação do negócio. O acompanhamento também indica se o usuário não
concluiu uma compra e partiu para o concorrente devido à baixa performance do
site. Com as práticas que envolvem o DevOps é possível ter agilidade, seja no
atendimento do time to market ou para responder rapidamente problemas
identificados pela experiência do usuário, melhorando continuamente um
produto ou serviço. Além disso, atrelado a tecnologias de Big Data é possível
extrair informações úteis desses dados que envolvem a experiência do usuário,
podendo trazer uma vantagem competitiva enorme frente aos concorrentes, bem
como evoluir para análises preditivas. Somada a uma infraestrutura em cloud é
possível estar preparado para picos de demanda de forma segura e com alto nível
de eficiência para a disponibilidade destes serviços aos usuários. Se sua
empresa está em busca de inovação aliada com eficiência, tendo foco na
experiência do usuário, o conceito de DevOps é um bom caminho para lhe
auxiliar.
* Eduardo
Floriano é diretor de AMS (Application Management Services) e de práticas CGI
(Centro de Geração de Inovação) e CDS (Centro de Desenvolvimento de Software)
da SONDA, maior companhia latino-americana de soluções e serviços de tecnologia