Companhia de Tecnologia da Informação
especializada em Digital para o setor financeiro implementa complexo projeto de
BPM envolvendo 45 grandes processos de negócio e 30 processos sistêmicos de
integração. Investimento envolveu US$ 4 milhões.
A
Serasa Experian, empresa de análises e informações para decisões de crédito e
apoio a negócios, decidiu construir uma plataforma centralizada para apoiar os
processos da operação de dados negativos da empresa denominada internamente
CONCENTRE, que é regulamentada por requisitos legais e inclui a recepção de
documentos, captura de dados, análise e execução de atividades, como ordens
judiciais.
Para
apoiar este processo, a Serasa escolheu a GFT, companhia de Tecnologia da
Informação especializada em Digital para o setor financeiro, que implementou a
ferramenta Kofax Total Agility (KTA) de BPM (Business Process Management),
tornando o processo flexível e gerenciado, o que possibilita executar
automaticamente a captura, digitalização, transformação e consumo de dados.
“Substituímos
os antigos e desatualizados sistemas que eram conectados por um grande número
de integrações, gerando instabilidades e um elevado número de incidentes e
possíveis vulnerabilidades de segurança interna, por uma plataforma na qual a área
pudesse desenvolver de forma sustentável”, pontua o diretor de vendas da GFT
Brasil, Alessandro Buonopane, acrescentando que além de restaurar a
estabilidade da operação e da arquitetura técnica, este projeto também visou
aumentar a produtividade e minimizar o risco de descumprimento em relação aos
requisitos legais.
O
primeiro macroprocesso implementado foi a Digitalização, visto que foi uma
pré-condição para os demais e que trouxe resultados imediatos para a Serasa,
garantindo o fim da circulação física do papel. Na sequência, estão os demais
processos, tais como Monitore, Ofícios, Protestos, Ações, Facon (Falências e
Concordatas) e Serasajud (Integração com os principais tribunais), que devem
ser concluídos até novembro de 2017 por meio de metodologia ágil de
desenvolvimento de sistemas. Ao todo, o projeto envolveu um investimento de US$
4 milhões.
Considerando
que uma ferramenta de BPM adquirida numa companhia não pode ser apenas
departamental, algumas outras áreas já estão se beneficiando da plataforma e
desenvolveram seus projetos, como o Projeto ACI Centralizado da unidade de
negócios e-ID, que visou centralizar em apenas uma equipe e em um único lugar o
processo de certificação digital da conferência (processo ACI), trazendo
resultados no que tange à melhoria da eficiência operacional, diminuição dos
custos de localização devido aos requisitos de infraestrutura física do ACI,
mitigação de fraude e migração tecnológica.
Outro
projeto que se beneficiou da plataforma foi a OCR (Optical Character
Recognition) de Balanços, que está convertendo os dados extraídos de demonstrativos
financeiros e deverá trazer melhor eficiência operacional, diminuição dos
custos com o fornecedor atual e migração tecnológica. “Uma das vantagens
competitivas da ferramenta adquirida (KTA) é que ela fornece inteligência na
captura e OCR’s, além de sua simplicidade no desenvolvimento de fluxos simples
de BPM”, pontua Buonopane.
De
acordo com o vice-presidente de Tecnologia da Informação da Serasa Experian,
Lisias Lauretti, este projeto é considerado um estratégico e de alta
visibilidade junto ao board da Serasa, pois trabalha com a digitalização de
processos para construir uma plataforma centralizada, além de proporcionar
benefícios diretos e indiretos para a empresa e para outros projetos, bem como
vantagem competitiva.
O
projeto, que ganhou o Prêmio eFinance 2017 na categoria “GED” (Gestão
Eletrônica de Documentos), deverá consumir aproximadamente 40 mil horas de
código em 16 meses de execução. Ao todo, cerca de 45 grandes processos de
negócio e 30 processos sistêmicos de integração serão envolvidos.