Por Carlos
Mattos*
O
Cloud e o DevOps tornaram-se o novo padrão de serviço, levando as organizações
a buscarem cada vez mais a próxima geração de ferramentas e serviços
inteligentes. O objetivo principal é suportar os processos de build, deploy e
testing, que, a partir de implementação de modelos de entrega contínua,
garantam a execução e segurança das aplicações, simultaneamente melhorando o time-to-market.
São muitos os desafios relacionados à performance e à segurança e às
customizações a serem vencidos.
Os
times de desenvolvimento e tecnologia da informação nas grandes organizações
operam de forma completamente diferente do que uma década ou, até mesmo, cinco
anos atrás. O novo padrão de desenvolvimento está redefinindo a maneira como as
equipes de tecnologia criam, executam, gerenciam e protegem suas aplicações.
As
grandes corporações estão, gradativamente, substituindo seus servidores on-premise
e os tradicionais datacenters por nuvens públicas e privadas. O legado de
aplicações monolíticas será substituído por soluções ágeis e baseadas em
arquitetura de microserviços, agnósticos de plataformas.
Para
se manterem competitivas, as empresas devem inovar constantemente. Seus
clientes esperam soluções personalizadas que antecipem suas necessidades. Não
há espaço para atualizações anuais ou períodos de downtime para manutenção das
aplicações. Os clientes esperam ter acesso aos dados em tempo real, a qualquer
hora do dia ou da noite.
As
organizações mudaram para atender esta nova realidade. No lugar de times de
desenvolvimento e infraestrutura isolados, surge a abordagem DevOps, na qual as
duas equipes compartilham responsabilidades e trabalham em conjunto, acelerando
drasticamente o processo de desenvolvimento. Isso possibilita identificar e
corrigir problemas de performance mais rapidamente.
Muitas
empresas adotaram o desenvolvimento ágil e a entrega contínua, abraçando a
nuvem e a abordagem DevOps para forçar atualizações diárias ou semanais,
acelerando a entrega. Contudo, com este novo padrão surgem novos desafios. Os
times não precisam mais se preocupar apenas com seu legado de aplicações
cliente-servidor rodando em seus próprios servidores. Eles agora têm ambientes
em nuvens públicas, privadas ou híbridas para gerenciar, além da sua
tradicional arquitetura.
A
grande diversidade de ferramentas e serviços oferecidos pelos principais cloud
providers aumentam a complexidade deste cenário, podendo afetar a produtividade
das empresas em relação ao gerenciamento e monitoramento dos seus sistemas e
aplicações. Esse cenário de complexidade é agravado pela falta de um
planejamento estratégico ao migrar para a nuvem.
O
DevOps entra neste contexto para reunir pessoas, processos e produtos, além de
permitir a entrega contínua de valor aos usuários finais. Já a nuvem torna a
adoção do DevOps fácil, rápida e econômica, pois oferece os recursos e as
ferramentas necessárias para atingir os objetivos de negócios da empresa.
As
organizações precisam ter visibilidade total sobre seus sistemas. A equipe de
especialistas deve estar preparada para ajudá-las a superar esses desafios,
reduzindo o tempo de entrega de soluções, aumentando a segurança das suas
aplicações e tornando a empresa mais competitiva.
*Carlos Mattos é Head
of Technology Latam, Senior Architect e Microsoft Regional Director da
GFT, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Transformação
Digital para o setor financeiro