Bruno
Silva*
Atualmente,
empresas tratam de contratos e parcerias que se resumem a uma cadeia de
influências e disponibilidades de serviços ao qual a responsabilidade termina
em processos criados de forma personalizada pelos fornecedores. Desta forma,
entende-se que um supply chain ou cadeia de suprimentos, pode sofrer com
condutas e históricos que, muitas vezes, não são expostos e, ou, rastreáveis.
Diante deste cenário, como seria digitalizar a logística do seu negócio?
O
Blockchain, que trata de uma cultura de necessidades validadas e expostas a
cada etapa de um processo logístico, pode auxiliar as empresas nestas
deficiências, capacidades e corrupções de contratos que, muitas vezes, não são
possíveis de se identificar e, ou, precisam de muita atenção para encontrar
possíveis focos de desalinhamento.
Mas
como isso é possível? Transparência, segurança e rastreabilidade são pontos
chaves que definem como as empresas atuarão nesta nova cultura. Estabelecidos
os vínculos, os históricos serão inquebráveis, possibilitando uma nova forma de
fazer negócio, baseada em contratos de alta confiabilidade e sem as barreiras
de taxas, dependências bancárias ou sistemas comerciais engessados.
O
Blockchain funciona como uma base de dados, no qual um conjunto ou bloco de
informações se utilizam da validação criptografada para se conectar, resultando
numa história que se compõe entre cada comunicação do bloco adicionado,
formando assim uma corrente. Se esta corrente possui uma visão financeira, por
exemplo, ela transparece as validações entre cada participante, que as
fidelizam em toda a tramitação, ou seja, a transação inicial de um blockchain
cria um histórico imutável e resgatável da transação que o acompanha em uma
cadeia criptografada de documentos e transações financeiras digitais.
O
histórico que se identifica pela chave criptografada é único do início ao fim e
é eterno. Para hackear o blockchain, seria preciso quebrar a criptografia de
todos os blocos da cadeia, em todos os computadores da rede e ao mesmo tempo, o
que torna a tarefa virtualmente impossível, configurando um processo altamente
seguro. Hoje, o blockchain já não se trata de vanguarda, mas sim de uma mudança
de cultura que abrirá as portas para a realidade do mercado em transações
digitais, trazendo inúmeras vantagens para o negócio por meio do poder das
redes descentralizadas, que eliminarão o difícil, demorado e caro processo das
negociações entre os bancos, bem como reduzirão os custos de transação,
operacionais, de TI e de requisitos de capital.
*Bruno
Silva é arquiteto de software da área de inovação da AMcom, empresa
especializada em serviços de tecnologia que atua com consultoria, fábrica
de projetos e de software, sustentação e alocação