*Por Leonardo Barros
Se em 2017 fomos apresentados para o
ransomware, malware e outros programas maliciosos, em 2018 a possível notícia é
a de que vamos ter que conviver com suas evoluções, no melhor estilo darwinista
vendo-as crescer e se perpetuarem com o tempo.
O mercado de Tecnologia da Informação dá
sinais da onipresença de um destes vírus neste ano em uma pesquisa divulgada
pelo (ISC)², instituto focado em educação e
certificações profissionais em Segurança da Informação e Cibersegurança. A
entidade informou que 44% dos profissionais de TI da América Latina apontaram
o ransomware como o maior temor em relação à segurança da informação para 2018.
O ransomware, um tipo de software
mal-intencionado que criptografa todas as informações que estão no disco rígido
do computador, chegou causando pavor em empresas do mundo todo. Se houvesse uma daquelas listas sobre top trends do
2017, com certeza o ransomware figuraria no topo dos fatos mais lembrados por
sua presença não grata.
O primeiro grande susto
foi o mega ataque intercontinental do dia 12 de maio. Nas telas dos
computadores apareciam mensagens pedindo o pagamento em bitcoins (moedas
virtuais) equivalentes a, no mínimo, US$ 3.000 para reativar o sistema. No
Brasil, mais de 1,1 mil computadores foram infectados, sendo a maioria maquinas
de pequenas e médias empresas, além das suntuosas operações, como o
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a Petrobras, o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e o Hospital Sírio Libanês.
Já em 27 de
junho um novo ciberataque afetou sistemas de empresas de diversos países. Desta
vez, o vírus Petya, vindo da Rússia e da Ucrânia, atingiu aeroportos, bancos e
outras instituições em países como Estados Unidos, Dinamarca e Espanha. Entre
as empresas que confirmaram o ataque, estavam a Bashneft, do setor de petróleo,
a Mars, de alimentação, e a Nivea, gigante de cosméticos. Em terras
brasileiras, a mesma campanha maliciosa teria atacado agências de publicidade.
Em outubro, o
vírus Bad Rabbit chegou a causar atrasos em um aeroporto ucraniano porque os
funcionários processaram dados manualmente, além de afetar diversos meios de
comunicação na Rússia. O Bad Rabbit infectou os computadores por meio de uma
falsa instalação do Adobe Flash. Quando a vítima executa o arquivo baixado, o
computador passava por um processo de criptografia.
A
retrospectiva de todos estes casos emblemáticos não deixa dúvidas de que 2017
foi ano da consolidação do ransoware. Com a virada do calendário, mudam-se as
estratégias e as metas, porém não se pode mudar a preocupação das empresas e
dos líderes de TI na evolução da consolidação não só do ransonware, como de
outros programas maliciosos que chegarão cada vez mais sofisticados na próxima
temporada.
A ordem é
reconhecer cada vez mais os benefícios da importância de ter uma força de
trabalho de cibersegurança qualificada. Tendo esta consciência com certeza será
o primeiro passo para a sua empresa ter um novo ano mais seguro.
*Leonardo
Barros é
diretor executivo da Reposit Tecnologia, provedora de soluções completas em
gerenciamento de dados, especializada no atacado distribuidor e varejo.