Levantamento global da consultoria aponta que 60%
dos profissionais de auditoria interna planejam utilizar robótica,
digitalização e Machine Learning para realizarem análises mais consistentes em
demonstrações financeiras e outros controles internos
Um
levantamento da consultoria global Protiviti realizado com auditores do mundo
todo aponta, que iniciativas de Transformação Digital farão cada vez mais parte
do dia a dia das atividades de auditoria interna das empresas neste ano. De
acordo com a pesquisa,
60% dos profissionais entrevistados planejam realizar auditorias de controle
interno usando data analysis gerados de sistemas tecnológicos como robótica,
digitalização e Machine Learning.
O relatório aponta que as
empresas europeias e asiáticas são as organizações que mais se apoiam nos
recursos proporcionados pela Transformação Digital como forma de obterem uma
visão mais analítica de seus processos internos. Atualmente, 76% das companhias
de cada de um destes continentes já utilizam dados de análise como parte
do processo de auditoria.
Em relação aos europeus,
os auditores asiáticos ainda são os que mais acreditam na qualidade dos dados
extraídos por meio da tecnologia, já que 59% destes profissionais dizem que
interagem estrategicamente com as capacidades do analytics contra 58% da ala
europeia. O levantamento também traz os temas que apresentam maiores riscos
para a área de auditoria das empresas neste ano. Fraudes, ameaças de segurança
cibernética, risco de terceiros e cultura corporativa lideram a lista de
preocupações.
Segundo Alessandro Gratão,
sócio das práticas de Auditoria Interna, Forensic e Financial Advisory da
Protiviti Brasil, a auditoria interna agrega valor
de fato, porém ainda há muito o que se fazer. “ É preciso atuar com uma função
mais estratégica estruturando a terceira linha de defesa para combater
ofensores da imagem, patrimônio, rentabilidade e perenidade das empresas, que
são responsabilidades inerentes as quais a auditoria precisa buscar apoio nas
soluções e inovações tecnológicas disponíveis atualmente”, explica Gratão,
O
executivo ainda diz que o uso de analytics na auditoria está em estágio inicial
no Brasil porque é necessário superar algumas barreiras como limitação
orçamentária para aquisição e manutenção de ferramentas de data analysis, baixa
maturidade de processos e, consequentemente, problemas de qualidade na origem
de dados. “Além disso precisamos investir mais na capacitação de profissionais
com aptidão para performar análises avançadas de dados que viabilizem informações
consistentes para tomada de decisão”, finaliza.