Por Luciano Almeida*
Transformação Digital é a expressão do
momento nas empresas. Neste ano, os termos metodologia ágil e inovação entram
com muito mais força no vocabulário corporativo e explanam a capacidade de
obter benefícios embutidos neste conceito. Não é à toa que até o final de 2019
os investimentos das empresas em transformação digital serão de,
aproximadamente, US$ 1,7 trilhão em todo mundo. Um incremento de 42% em relação
aos gastos do ano passado, segundo o IDC (Internacional Data Corporation).
A jornada digital se assemelha a uma grande viagem. Existe o planejamento, o convite para o engajamento e o agendamento para início. Logo depois, existe aquela preparação básica, como verificar trajeto, os locais de descanso e também as atrações.
Após o "go live", deparamos com atrasos no voo, overbooking, falha na
reserva do hotel e atrações em manutenção. Nos piores casos, brigas e
desentendimentos afastando os integrantes da viagem.
Se olharmos mais amplamente, essa
jornada pode ser equiparada às nossas vidas com muitos desafios, conquistas,
derrotas, tempestades e dias lindos no caminho, que não podemos abandonar.
Talvez possamos dar um tempo, mas teremos que retomar.
Ambas as analogias cabem em muitos
mercados, em especial ao mercado atacadista distribuidor. Este setor,
importante elo da cadeia de abastecimento, ainda manda às favas a digitalização
de processos, bem como também não se deu conta do papel catalizador da
inovação, de aproximar clientes e agilizar o go to market.
Muitas dessas empresas vivem, ou viveram
recentemente, rotinas analógicas por uma questão cultural. Fruto de gestões
anteriores, dos tempos em que a negociação era feita com papel, caneta e “olho
no olho”. Alguns empresários até começam a se atentar para a importância da
tecnologia nos negócios devido à chegada de jovens, sucessores que
entram para a liderança.
Esta movimentação contempla o início de
um despertar para a transformação digital no atacado distribuidor. Será um
caminho de disrupção, onde a tecnologia dará ferramentas para entender de forma
profunda quem é o cliente e todas as suas necessidades. Ou seja, haverá
prerrogativas de inovação à disposição para ajudar as distribuidoras a
potencializarem os seus negócios.
A transformação é só uma parte desta
“jornada digital”, focada nos aspectos de trazer cada vez mais, migalhas
analógicas do nosso passado para um futuro de bit e bytes. Não é modismo, é
necessidade básica de sobrevivência corporativa. É a reserva no voo sem a qual
você não conseguirá embarcar.
Fiquemos atentos e a bordo porque
estamos apenas no começo da era da transformação.
*Luciano Almeida é diretor de tecnologia da MáximaTech, companhia desenvolvedora de soluções móveis para força de vendas, e-commerce, trade e logística para o atacado distribuidor.