A Apdif (Aprendizagem
Diferente), empresa especializada em criar software para pessoas com Transtorno
do Espectro Autista (TEA), promove a inclusão social e digital por meio de
aplicativos gratuitos disponíveis nas lojas Google e Apple
Junho
de 2019 - Uma em cada 68 crianças da população mundial é diagnosticada com
algum tipo de Transtorno do Espectro Autista (TEA). No Brasil, estima-se que
dois milhões de habitantes tenham autismo. Apesar de numerosos, os autistas
ainda sofrem para encontrar tratamentos adequados e para serem inseridos na
sociedade, uma vez que a alteração no desenvolvimento do sistema nervoso limita
a capacidade de se comunicar e realizar atividades diárias.
Convivendo
com esta realidade, Daniela Sniadower e Gerardo Wisosky, pais de uma criança
com TEA, fundaram a Apdif: Aprendizagem Diferente. O projeto cria aplicativos
para aumentar a autoestima e a independência, principalmente dos autistas, mas
também pode ser utilizado por todas as pessoas com alguma dificuldade para se
comunicar, executar, organizar, aprender, entre outras.
“As
necessidades das pessoas com deficiência intelectual não são levadas em conta
na sociedade e isso leva a um maior isolamento. A falta de ferramentas
inclusivas nos motivou a desenvolver esse projeto. A tecnologia agora nos
permitiu multiplicar e expandir nosso conhecimento com estratégias aprendidas
nos últimos anos e, assim, atingir mais pessoas causando um impacto sobre essa
população, suas famílias e seu meio ambiente", explica Daniela Sniadower,
CEO e co-fundadora da Apdif.
A
Apdif desenvolveu quatro aplicativos com GeneXus, plataforma low-code que
facilita a criação de aplicativos nativos e web responsivos para dispositivos
móveis, baseada em Inteligência Artificial. Eles estão disponíveis
gratuitamente nas lojas do Google e Apple nas versões em português, espanhol e
inglês. E são utilizados em mais de 10 países, tanto
em nível familiar, quanto institucional.
Dentre
os aplicativos desenvolvidos pela Apdif por meio da plataforma da GeneXus, o
mais conhecido é o “ChatTEA”, que facilita a comunicação do autista com a
família e amigos por meio da possibilidade de responder mensagens com imagens
de múltipla escolha. Por exemplo, para uma
pergunta "tudo bem?", a pessoa com autismo tem três opções de
resposta: um rosto feliz, um neutro e um triste.
Outras
ferramentas são “Interagir”, que por sua vez, permite programar situações
hipotéticas para ajudar o autista a praticar diálogos e, assim, reduzir a
ansiedade da interação social. Já o “Eu Carrego Tudo”, tem como função
contribuir para a autonomia das pessoas quando organizam suas diferentes
mochilas. Por fim, o “Agora Leio”, que
permite criar suas próprias histórias com imagens, texto e voz, impulsionando,
desta forma, atividades como a leitura e a escrita.
“Queremos
contribuir para a inclusão e isso envolve adaptar conteúdos e desenvolver atividades que consideram as
características especificas de um grupo de pessoas, tornando ambientes
mais acessíveis, inclusivos e de apoio. Por meio destes aplicativos, muitas
pessoas estão conseguindo se comunicar, pela primeira vez, com seus familiares”, finaliza o country manager da GeneXus Brasil,
Ricardo Recchi.