*Por Matheus Jacyntho
Com o aumento dos casos do novo
coronavírus no Brasil, a adoção do home office torna-se uma das principais
saídas para as empresas evitarem aglomerações e, assim, diminuir as chances de
contágio entre os funcionários. Além dos cuidados básicos ligados à saúde, como
lavar as mãos e o uso extensivo de álcool em gel, as companhias precisam
redobrar a atenção quanto ao uso de dispositivos móveis, como notebooks e
smartphones.
Liberar funcionários para trabalharem em
casa é uma tarefa que exige maturidade por parte das organizações. Por isso, é
prioritário criar uma política de segurança da informação e um sistema de
proteção adequado para blindar o ambiente digital da empresa durante a fase do
home office. A primeira dica é desenvolver protocolos de compartilhamento de
informação para garantir a segurança e a integridade de dados confidenciais.
As companhias que já possuem programas
de cibersegurança é recomendável que revejam seus sistemas e sua política de
acesso remoto à rede corporativa, bem como orientem os colaboradores a terem
cautela nos dias de home office. Outra dica é comunicar e explicar aos
funcionários de forma clara dos riscos aos quais eles estão expostos se as
medidas de segurança necessárias não forem tomadas quando se conectarem à
internet fora da rede da empresa.
Dado que o momento é de bastante
curiosidade da população sobre os desdobramentos da pandemia, vale ressaltar à
equipe remota que não clique em links suspeitos, principalmente se o conteúdo
trouxer notícias duvidosas, como “a descoberta da cura do coronavírus”. Também
alerte para não abrir e-mails de remetentes desconhecidos, nem acessar sites
sem o ícone do cadeado verde, localizado no lado direito da barra de endereço.
E, se for o caso, peça que evite comentar ou abrir informações sensíveis da
empresa em casa. Às vezes, a mãe, o pai, a esposa ou o esposo, por
exemplo, não têm autorização para ter contato com aquele tipo de dado.
Um estudo desenvolvido pela Kaspersky
com a consultoria Corpa sinaliza que vivemos numa realidade empresarial na qual
44% das pessoas entrevistadas trabalham em locais com uma política de segurança
corporativa sobre uso correto de smartphones e tablets, enquanto 35% atuam em
empresas sem nenhuma regra de cibersegurança e 21% desconhecem qualquer
tipo de direcionamento de segurança de dados implantado.
Por isso, adicionalmente às dicas acima
para um home office seguro, é muito importante disponibilizar uma Rede Privada
Virtual (VPN) para conexão segura dos funcionários e restringir os direitos de
acesso dos usuários que se conectam à esta rede corporativa. Além disso,
utilize protetores de tela para evitar que familiares vejam informações
corporativas/confidenciais e atualize de maneira constante os sistemas
operacionais e os aplicativos antivírus a fim de proteger todos os
dispositivos da empresa.
Em tempos de pandemia do Covid-19, no
qual todos já estão suscetíveis devido aos impactos em diversos setores da
sociedade, é igualmente fundamental que a empresa ensine o colaborador a ter
consciência de que ele também é parte integrante da segurança. Não é só
disponibilizar notebook, smartphone ou tablet. É preciso educar.