Por
Ricardo Fisch
Março de 2020 - Não é mais novidade que a nuvem é uma ferramenta essencial para a transformação das empresas, permitindo agilidade nos negócios e democratizando o acesso seguro a aplicativos e dados de qualquer lugar com uma conexão à internet. Fato que, de acordo com um estudo da Oracle, estima-se que, em 2025, 80% do fluxo de trabalho e cargas críticas das empresas estejam operando na nuvem.
A nuvem não apenas propõe novas
plataformas, mas é a maior mudança no paradigma de uso da tecnologia da
informação desde o advento da internet. Nesse sentido, ainda se fala muito
sobre seu potencial transformador para os negócios e, ainda hoje, mais do que
nunca em tempos incertos, como o cenário de distanciamento social imposto pelo
Covid-19, que nos obriga a reorganizar o trabalho em empresas e organizações,
vemos o real impacto da nuvem.
Vivemos um
momento chave, no qual as decisões devem ser tomadas com rapidez, agilidade e,
acima de tudo, com informações em tempo real. Para responder a essa situação, o
mundo dos negócios deve estar preparado para dar continuidade e
sustentabilidade aos negócios, começando por garantir a conectividade e o
acesso às informações com rapidez, segurança e de qualquer lugar.
A segurança
das pessoas é a prioridade número um de qualquer empresa, portanto, é crucial
garantir que seus funcionários possam manter suas rotinas remotamente e com
segurança pela internet. Com a nuvem, podemos pensar em um modelo de trabalho
remoto e produtivo, com novas formas de operar e colaborar dentro de uma organização
e em relação a outros agentes da cadeia de valor. Um exemplo que estamos
vivendo é a atenção na prevenção da ruptura da cadeia de suprimentos em
aspectos vitais como medicamentos e alimentos, que são os elementos mais
importante neste momento.
As empresas
que possuem uma infraestrutura em nuvem têm a vantagem de migrar grande parte
da equipe para um modelo remoto, operando sem interrupção, sem perder a
segurança de seus dados e protegendo seus colaboradores. Por outro lado, as
empresas que ainda não decidiram migrar para a nuvem enfrentarão maiores
desafios ao estabelecerem uma estratégia de continuidade do negócio neste marco
histórico que estamos vivendo em todo mundo.
Além da
habilitação tecnológica, é necessária uma mudança na cultura da organização da
mesma maneira que, atualmente, nos lares, em que o teletrabalho e a teleducação
coexistem e exigem outra forma de adaptação. Estamos passando por momentos
importantes, que ficarão marcados na história dos negócios, a partir dos quais
haverá aprendizados e lições que promoverão o uso estratégico da tecnologia.
Estabelecer
um modelo sustentável dentro da organização que minimize o impacto econômico
desse momento e garantir a continuidade da cadeia de suprimentos não é mais
apenas uma questão de negócios, é um ponto crucial da responsabilidade social
das empresas, do estado e das organizações sociais.
* Ricardo Fisch é head global dos
serviços Cloud do gA, companhia global de tecnologia que utiliza
plataformas digitais e serviços de transformação para capacitar grandes
empresas nas Américas e na Europa.