Por Alexandre Gera
A contaminação do
Coronavírus na economia do Brasil já faz parte da realidade dos executivos das
empresas, pois o recuo do consumo e da produção na China e em outros países
contaminados, como a Itália, já afetam as empresas brasileiras que mantém
negócios de exportação e importação com esses países.
Essa retração mundial na
produção e consumo também contamina a bolsa de valores do Brasil, que é
agravada pela "aversão de risco", ou seja, quando eventos
geopolíticos ou relacionados com a área de saúde levam incerteza para as
populações e, consequentemente, para os mercados.
Nomes como a BRF, JBS,
Suzano, Vale e Petrobrás exportam exatamente o que a China mais importa, que é
a carne bovina, a soja, a celulose, o minério de ferro e o óleo bruto de
petróleo. Para se ter uma ideia, segundo o Ministério da Economia, em 2019, a
China foi responsável por 28% das exportações brasileiras. Isso é
aproximadamente o dobro das exportações para os Estados Unidos, que atingem
13%.
Outro setor da economia
brasileira que já começou a sentir os sintomas do Covid-19 envolve as empresas
de tecnologia que fabricam celulares, tablets, computadores, entre outros, e
que enfrentam dificuldades para importar insumos e repor componentes por causa
da quarentena das indústrias chinesas, que em média oferecem 60% desses
produtos.
Segundo nota divulgada nesta
segunda-feira, dia 16 de março, pela consultoria IDC, haverá uma possível queda
de 10% nas vendas dos dispositivos móveis na América Latina, podendo chegar,
num pior cenário, a uma retração de 20% em consequência do surto de
Coronavírus. E o Brasil será um dos países mais afetados em função da baixa
produção de componentes.
Em se tratando de outros negócios, o
cenário brasileiro pode ficar ainda mais complicado, pois além do recuo das
importações e exportações, tem a alta do dólar que ultrapassou os R$ 5
intensificado pela incerteza de investidores que buscam segurança na crise e as
turbulências do ambiente político nacional, sem contar a retração econômica em
função das novas orientações do Governo de diminuir a circulação de pessoas por
meio da adoção do home office e do fechamento de locais públicos de grande
concentração. A medida visa conter o número de infectados no Brasil, que já
passa dos 290 casos.
Então, como reduzir custos
diante do Coronavírus? A "vacina" é contratar consultorias
especializadas em negócios de comércio exterior, processos, metodologias e
tecnologias inovadoras - incluindo o relacionamento e conexão com as startups,
para que haja medidas de remediar toda essa movimentação da revisão na rotina
dos negócios. Quem aplicar a “vacina” primeiro terá mais chances de passar por
mais essa crise e aumentar sua participação no mercado brasileiro e
internacional.
Alexandre
Gera é sócio-gestor da GERAVALOR, consultoria pioneira em atuar de forma
100% remota para redução de custos, prazos e aumento de assertividade por meio
da aplicação de metodologias e tecnologias inovadoras e exclusivas.