Empresa de tecnologia e
fintech unem suas soluções para fomentar o uso de diferentes bandeiras de
carteiras digitais no comércio de moda
Segundo estudo realizado pela Bain & Company,
as carteiras digitais vão representar 28% do mercado de pagamentos em 2022. A
modalidade promove menos filas, praticidade e agilidade, experiências que o
consumidor digital busca nas lojas físicas. Essa novidade tende a ganhar força
no varejo após o afrouxamento da quarentena da Covid-19, que buscará novas
medidas de pagamento sem contato físico para evitar uma segunda onda de
proliferação do vírus.
De olho neste cenário, a Data System, empresa
especialista em soluções de gestão para o varejo de calçados e roupas, e a
Shipay, fintech que tem como propósito simplificar o relacionamento dos
consumidores e comerciantes com os pagamento digitais, firmaram uma parceria
para fomentar o uso das e-wallets no varejo de moda, segmento que ainda é
incipiente no uso desta tecnologia.
A solução da Shipay, que é um hub das principais
carteiras digitais disponíveis no mercado, como PicPay, Mercado Pago, Ame e
PagueBank, entre outras, foi integrada ao ERP (Enterprise Resource Planning)
especialista em lojas de calçados e roupas da Data System, tornando o processo
de adesão ao modelo de pagamento digital mais simplificado.
Sem a solução da Shipay, o lojista teria de
realizar projetos de desenvolvimento a cada nova carteira digital que desejasse
integrar ao seu ERP. “A vantagem em ter um hub integrador de carteiras digitais
é ter uma única plataforma de gestão, tornando o processo de adesão ágil,
confiável e seguro. Sem contar que as e-wallets hoje são uma alterativa às
altas taxas dos cartões de crédito, oferecendo aos lojistas uma vantagem
competitiva para a redução de custos”, acrescenta Rodrigo Roland, CEO da Data
System.
Hoje, as taxas médias dos maiores adquirentes do
Brasil são de 3,85% para crédito e de 2,15% para débito. Já as taxas médias das
principais carteiras digitais são de 2,42 % para crédito e de 1,23% para saldo
em conta. Ou seja, as carteiras digitais representam uma economia de 37,14%
para crédito e 42,79% para saldo em conta quando comparada às taxas praticadas
pelas tradicionais adquirentes
O processo de pagamento por carteiras digitais é
bem simples e cerca de 61% dos brasileiros das classes A, B e C que possuem
smartphones já são usuárias recorrentes desta modalidade, aponta a Sociedade
Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). A praticidade é a principal
vantagem para 47% dos consumidores, enquanto 53% apontam as transações imediatas
e a confirmação instantânea como maiores atrativos.
No modelo proposto pela parceria, o cliente
informa ao caixa por meio de qual carteira digital deseja pagar, o caixa
escolhe a opção desejada e o sistema de gestão gera um QR Code, que pode ser
impresso ou apresentado no monitor da loja. O cliente faz a leitura por meio do
aplicativo da carteira digital e a venda é finalizada após a confirmação de
pagamento no app e no próprio caixa. “No aspecto de segurança, a transação é
criptografada de ponta a ponta e utilizamos chaves que identificam até o caixa
da loja, prevenindo as fraudes”, acrescenta Fábio Ikeno, CTO da Shipay.
De acordo com Charles Hagler, co-fundador da
Shipay, além da facilidade e da fluidez da experiência, as carteiras digitais
também se destacam por causa dos benefícios promovidos ao usuário. “Os
programas de incentivos, como o cashback, que promovem uma porcentagem de
reembolso dos valores gastos para usar em outras compras, são um grande
atrativo para os consumidores utilizarem as e-wallets e aumentam as vendas para
o varejista. Em algumas campanhas especiais o cashback chega a 50%”, aponta
ele.
As carteiras digitais também promovem a
divulgação das lojas por meio da geolocalização. Ao abrir o aplicativo da
carteira, automaticamente são indicadas as lojas naquela região que possuem o
sistema de pagamento e os respectivos descontos. Essa medida leva mais clientes
para às lojas, que podem se beneficiar da base de clientes das carteiras, como
a PicPay, que tem 20 milhões, o Mercado Pago, com 7,9 milhões e a Ame, com 7
milhões.