O e-commerce como protagonista do varejo: como manter o crescimento

Por Carlos Garcia

Desde o início do isolamento social no Brasil, ocorrido em março, uma loja virtual foi aberta por minuto, ou seja, em pouco mais de dois meses 107 mil novos e-commerce foram abertos para venda de produtos, segundo dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). A média, antes da quarentena, era de 10 mil estabelecimentos por mês. Isso significa que uma nova onda virtual nasceu com a pandemia e com ela a soma dos consumidores que já surfavam no modelo de compra online e os novos adeptos.

 

Vimos o e-commerce ser o protagonista do varejo. Mas como manter as vendas e o crescimento deste modelo após a retomada do mercado com a abertura das lojas físicas? O primeiro passo é entender que o consumidor se acostumou com a facilidade de comprar remotamente, mas ao mesmo tempo a pandemia trouxe à luz um novo perfil de compra. As pessoas passaram a ressignificar os produtos que adquirem, o quanto precisam dele e qual experiência terá com a compra e o bem adquirido.

 

Neste sentido, posso afirmar que empresas que nasceram online conseguiram captar desde o início como a tríade “necessidade, facilidade e experiência” são fatores importantes para atrair o cliente. Principalmente quando se trata de uma compra de produto durável, essas questões se tornam ainda mais importantes. E, neste caso, ser atrativo também envolve ter um produto desejado. Quando falamos de qualidade de vida, percebemos o quanto este quesito se tornou ainda mais importante na decisão de compra.

 

Estar bem dentro de casa e ter conforto deixou de ser uma opção para ser uma necessidade. Promover qualidade de vida para as pessoas que passarão cada vez mais tempo em casa e ainda ampliar a facilidade desta compra com um suporte que torna o cliente próximo, além de oferecer entrega rápida e devolução facilitada são as ferramentas para continuar crescimento no chamado e-commerce. O modelo é um caminho sem volta e, para aqueles que querem se fortalecer, o consumidor precisa estar no centro do negócio. Acompanhe seu cliente desde o início da jornada até o fim e garanta seu crescimento e estabilidade no universo virtual que será cada vez maior.

*Carlos Garcia é co-fundador da Emma Brasil, startup global voltada à tecnologia do sono que nasceu no modelo e-commerce mundialmente.