por Rafael Martins *
Segundo
dados da ONG Ampara Animal, a procura por adoção de pets cresceu 50% durante a
pandemia do Coronavírus.
Sobretudo porque, com mais tempo em casa, as pessoas
puderam dedicar mais atenção a esses seres, além de contarem com uma companhia
para a solidão provocada pelo isolamento social.
Mas, ter um animal de
estimação requer, além de tempo e amor, investimento com banho, tosa,
alimentação, consultas com veterinário e também demanda a compra de itens, como roupinhas,
acessórios e brinquedos. O gasto mensal médio com pets é de R$ 177,46,
de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Este
montante ostenta o 11º tíquete médio do Brasil e pode ser superado a partir das
demandas específicas de cada pet.
Com toda essa dedicação aos
companheiros, não é à toa que o Brasil figura, por dois anos consecutivos, como
segundo principal mercado pet do planeta, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos.
No mundo dos negócios, o e-commerce é um
formato de vendas que registra expansão ano a ano e foi ampliado durante a
pandemia. As vendas online mais do que dobraram em junho de 2020, registrando
um aumento de 110% quando comparadas ao mesmo período do ano passado, segundo o
Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net),
em parceria com o movimento Compre & Confie.
Como vimos, segmento pet apresentou uma expansão,
assim como o comércio por meio de computadores e celulares, e ambos devem sair
fortalecidos da crise pós-Covid. Então, por que
não uni-los em um modelo de negócio? O pet
shop on-line é uma tendência que vale tanto para organizações que estão
entrando no mercado quanto para empresas que já atuam com vendas em uma loja
física. O modelo também é válido para operações de atacadistas e distribuidores
que querem atender os lojistas de forma on-line.
Os benefícios dessa
modalidade são inúmeros, aproveitando o novo cenário de consumo, mais aberto à adoção de
pets e às compras pela internet. Podemos citar
a redução de custos proporcionada por uma
estrutura mais enxuta do que as lojas físicas, uma operação disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana
para os clientes. Além disso, há um melhor
relacionamento com o cliente, pois você passa
a conhecê-lo por intermédio dos dados
coletados, existe uma ampliação da margem de
lucro em função da redução de custos diretos e indiretos, se comparado a uma loja física; e baixo custo com
marketing digital.
O investimento, neste caso, consiste em colocar
no ar um site próprio. E a escolha de uma plataforma de e-commerce é essencial
para aumentar as chances de sucesso no mercado. Se a empresa já tem uma
operação física, a plataforma deve estar conectada a um sistema de gestão, que
será capaz de criar um estoque único, integrando operação física e on-line.
Independente do modelo de negócio
escolhido – e-commerce, omnichannel ou aplicativo – ainda é possível operar no
mundo pet com um comércio de pequeno e médio porte. Isso porque 70% dos itens
pet são comercializados em lojas de bairro, como afirma Rafael Ballarini,
presidente da Associação Nacional de Distribuidores de Produtos Pet (ANDIPET).
A dica para ter sucesso é profissionalizar o negócio, de modo a superar os
desafios e aproveitar as oportunidades.
* Rafael Martins é CEO do Grupo Máxima, líder em soluções de força
de vendas e e-commerce, trade
marketing e logística para a cadeia de abastecimento.