por Angélica Assunção*
Finalizamos o ano de 2020 com inúmeros
aprendizados em nosso cotidiano: mudanças de hábitos que vieram para ficar e
ensinamentos de vida que não serão esquecidos tão breve. E o que dizer sobre o
mundo corporativo? Como os negócios se sustentaram ao longo deste ano
utilizando o home office como única alternativa segura de trabalho? Vale sempre
reforçar o papel da área de Recursos Humanos como protagonista neste momento,
cuja atuação focou ainda mais em habilidades como geração de conexão, olhar
máximo de empatia e cuidado com o colaborador em suas novas práticas. Tudo isto
pelo meio digital.
Como resultado, o RH tem um novo papel de
sustentação deste modelo de trabalho por meio da análise de alguns pontos que o
tornam elegível, como produtividade, excessos a observar para que não haja
estafa e a orientação dos gestores para darem o exemplo do comportamento
esperado, lembrando-os de não cobrar entregas e reuniões em demasia,
extrapolando o aceitável e saudável.
Muitas ações estão sendo criadas para que este
movimento de mudança de comportamento aconteça de forma leve e sustentável,
pois ainda não é sabido quanto tempo levaremos nesta condição de trabalho fora
dos escritórios.
O modelo híbrido, por exemplo, no qual uma parte
da semana o trabalho é realizado nos escritórios da companhia e, na outra, onde
o profissional estiver, chamamos de smart work. Este conceito tem
como um dos pilares a flexibilização da jornada de trabalho para que o colaborador
faça a melhor rotina para ele, buscando o equilíbrio entre as entregas, a casa
e a família. Este movimento faz o trabalho virar parte do ecossistema de forma
natural.
Há ainda empresas que estão suspendendo reuniões
internas uma vez por semana para que o movimento desenfreado de reunião atrás
de reunião tenha uma quebra e, como resultado, as pessoas possam focar suas
energias em atividades sem precisar atuar depois da jornada normal de trabalho.
Este cenário trouxe como grande lição para muitas
empresas e muitos gestores o fortalecimento das relações de confiança entre os
times. Vimos que acreditar no compromisso das pessoas com as empresas vale
muito mais do que ter o controle sobre o horário de chegada ou saída do
escritório.
Realmente, juntos somos mais fortes e ambientes
de segurança psicológica são fundamentais para que este movimento permaneça. O
ano de 2020 nos trouxe muita bagagem para enfrentarmos os novos desafios e a
resiliência é uma das competências que nos ajudou a chegar até aqui para
suportarmos este novo ciclo. Nos vemos em 2021!
*Angélica Assunção é gerente
de Recursos Humanos da Engineering, companhia global de Tecnologia da
Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital