Por Wellington Oliveira
Algumas áreas foram amplamente impactadas pela pandemia. O isolamento social promoveu a ascensão do e-commerce e forçou mudanças na retomada das atividades dos estabelecimentos físicos. Muitas empresas foram afetadas e precisarão rever seus processos. Neste cenário, o protagonista foi a digitalização, que pegou carona na transformação comportamental dos consumidores.
Novos formatos de go-to-market estão sendo criados com a inclusão digital não apenas para os processos de vendas, como também para compartilhar conteúdo. E quando pensamos neste cenário atual, que traz a tendência do contactless, a questão a ser discutida é: como reinventar a forma de se relacionar com o público por meio do modelo digital diante da precariedade da internet no Brasil?
Do folder de um supermercado, passando
pelo tíquete de estacionamento até a leitura um cardápio de restaurante, tudo
precisa ser digital e sem contato para evitar a contaminação pelo Coronavírus.
Uma saída para o acesso a conteúdo em ambientes de grande circulação é o uso do
Wi-Fi sem o recurso da internet, que substitui
a necessidade de o cliente fazer um download de aplicativo para consumir
informações. O modelo, que parte de aplicações mais simples para a criação de
campanhas e distribuição de informação por meio de roteadores, torna a
experiência muito mais simples e vantajosa.
Num
supermercado, por exemplo, a ação promocional por meio da distribuição de
tabloides, que foi interrompida após a chegada do Coronavírus, pode ser
retomada de forma digital distribuindo o conteúdo sem esbarrar nas limitações
da internet. Num shopping, outro ambiente de grande circulação, as lojas podem
trabalhar suas promoções sem competir a internet disponibilizada a centenas de
consumidores que transitam no local e os inúmeros estabelecimentos presentes
num mesmo centro de compras.
O
modelo de distribuição de conteúdo via Wi-Fi democratiza o acesso às ações
comerciais e de marketing mesmo que o estabelecimento esteja numa região com
recursos limitados da banda larga. Este pode ser um caminho em meio à demanda
pela digitalização do acesso à informação, que esbarra na falta de
infraestrutura da banda larga no nosso País.
Wellington Oliveira é sócio-diretor da BlueConecta, empresa de tecnologia focada em distribuição de conteúdo por meio de redes Wi-Fi.