Quais são os passos para a disruptura dos modelos de segurança corporativa?

Anderson Hoelbriegel*

A segurança corporativa precisa andar de mãos dadas com a disrupção, que promove a inovação no modo como a atividade se relaciona com a tecnologia, o produto ou o serviço. Isso porque, atualmente, nas complexas organizações empresariais, é possível perceber que a área de segurança corporativa é muito mais do que um setor responsável por ativos e pessoas. Os conceitos mudaram.

A demanda mudou e está muito mais complexa e desafiadora. E é justamente por isso que o termo disruptura se aplica perfeitamente, pois como área prestadora e viabilizadora de estratégias e negócios, ela deve se adequar às necessidades e anseios das organizações.

Com a premissa de garantir a integridade e a proteção de pessoas e de ativos de modo sempre preventivo e, caso haja alguma eventual ocorrência, que os impactos sejam os mínimos possíveis, garantindo a continuidade e a sobrevivência dos negócios da organização, se faz necessária a utilização de recursos tecnológicos, revisões de procedimentos e treinamentos constantes.

Indo além, a área de segurança agora foca no conceito exponencial, um modelo de gestão que integra pessoas, procedimentos de rotina e de emergência, tecnologia e auditoria das conformidades dos serviços de forma contínua, gerando aprendizados e novos procedimentos, além de mitigar riscos futuros.

Elevar a forma como se gerencia permite o aumento de foco e da qualidade dos serviços, o que requer ajustar as não conformidades dos procedimentos de forma mais dinâmica, sem contar o avanço na precisão do acompanhamento de ameaças internas e externas, como saques, invasões, vandalismos, sabotagens, roubos de cargas, tentativas de arrombamento, perda de produtos, entre outras vulnerabilidades.

Unir riscos, inteligência, tecnologia, engenharia e segurança permitirá uma visão sistêmica e integrada, além de potencializar os equipamentos tecnológicos já existentes, o que torna a gestão mais efetiva e com baixo custo. Para alcançar este modelo, que já é disponível e está em uso nas empresas, o caminho é reavaliar os riscos a que se pretende focar, avaliar os contratos existentes para que haja conhecimento daquilo que está disponível hoje e, por fim, promover uma eficiência integrada. Esses procedimentos alavancarão melhores resultados.

 

*Anderson Hoelbriegel é consultor sênior de Segurança Pessoal e Condominial na ICTS Security, empresa de origem israelense que atua com consultoria e gerenciamento de operações em segurança.