Multipropriedades: setor cresce, amplia o turismo e passa a demandar por mais digitalização na sua gestão

 por Glauco Farnezi* 

O conceito de multipropriedades – regime de condomínio em que um único imóvel é compartilhado com vários proprietários, com uso em tempo proporcional ao investimento realizado - ganhou força no Brasil após a inovação do direito imobiliário nacional, introduzido no Código Civil Brasileiro com a Lei 13.777/18. O modelo foi a tábua de salvação do turismo após o início da pandemia, que trouxe inúmeras restrições sanitárias, reduzindo drasticamente a movimentação desse setor.

De acordo com a Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit Brasil), mesmo com a pandemia, em 2020 foi registrado um aumento 18% das multipropriedades, circulando nesse segmento R$ 24,1 bilhões e 430 frações ofertadas ao público brasileiro e estrangeiro, tornando o País mais competitivo nas rotas turísticas. 

A novidade em comprar um imóvel de forma fracionada, permitindo que um grupo de pessoas comprem cotas e paguem mensalmente pelo direito de utilizá-lo durante um ou mais períodos do ano, demanda por uma gestão de vendas mais complexa. Desde o gerenciamento do relacionamento com diversos interessados, passando pela venda das cotas e assinatura dos contratos, todo esse ciclo pode ser facilitado com a digitalização e a automatização dos processos. 

Para transformar este momento em oportunidade e aproveitá-lo, é preciso ter modelos de negócios que estejam organizados e permitam vendas rápidas e à distância. De uma visita virtual, passando para o cálculo da venda, que inclui o valor das parcelas, à assinatura do contrato de forma digital, a tecnologia tem apoiado o setor em dois sentidos.

Um deles é vender imóveis durante as restrições sociais por meio de lançamentos digitais, que disponibilizam os recursos de cadastramentos, coleta de documentos, reservas e até pagamentos disponíveis para os corretores e clientes num formato 100% digital. O outro é aumentar o alcance desses clientes, que estão cada vez mais digitais, e apenas entram com o pé direito no imóvel somente depois de assinar o contrato de forma virtual.

Como resultado, vemos que a oferta, a procura e a forma de consumir criaram uma modalidade nova de venda de imóveis, responsável por atingir um número maior de pessoas vindas de qualquer localidade. E unir essa comodidade e facilidade num momento em que o brasileiro ampliou seu apetite na busca de imóveis, seja para morar ou apenas passear, é avançar para tirar proveito deste cenário.

As novas tratativas imobiliárias, os diferentes processos de compra e os interessados espalhados por diferentes localidades forçam o uso dos recursos digitais, que se tornou condição essencial para potencializar este mercado. Sem contar a adoção de sistemas móveis, por meio de aplicativos, que permite à equipe de vendas acessar as informações necessárias sobre o empreendimento de onde estiver, o que garante agilidade no atendimento. E somado à gestão remota dos compradores, da administração das cotas e dos contratos, é imprescindível a adoção da assinatura digital.

Uma dica para tornar este processo ainda mais fácil é optar pela assinatura digital embarcada numa solução tecnológica que atenda às etapas de compra e venda de imóveis de ponta a ponta. O ganho é imediato e, com uma cultura mais digital, é possível obter diferencial competitivo. Com esta facilidade, o processo de venda pode ser reduzido de 40 para dois dias, eliminando, por exemplo, os gastos com tempo e dinheiro nas peregrinações aos cartórios, e, sobretudo, contribuindo para reduzir as possíveis desistências de compras devido à demora na finalização e à burocracia desse processo. 


*Glauco Farnezi é CEO da Facilita, desenvolvedora do app Facilita, primeiro aplicativo para gestão digital de venda de imóveis.