Incertezas no cenário econômico e desdobramentos da pandemia continuam a desfiar o setor de saúde, aponta pesquisa global da ICTS Protiviti

 Volatilidade nas regulamentações e nas condições de mercado são incertezas

que pairam sobre o horizonte de riscos a serem gerenciados pelos executivos
do setor





A tradicional pesquisa da consultoria global ICTS Protiviti, que divulga a
lista dos maiores riscos do ano com base na percepção geral de 1.453
executivos de diferentes setores do mundo todo, traz também um recorte para
o setor de saúde: o Top Risks Health.

Eventos inesperados como as rupturas na cadeia de suprimentos global, os
desafios na atração e retenção de talentos para endereçar necessidades
organizacionais, as variantes da Covid-19, os ciberataques e ransomware e as
tensões geopolíticas estão ocorrendo em larga escala, trazendo consigo
grandes desafios na definição de próximos passos para as organizações.

"A volatilidade e incerteza do momento atual exige dos executivos uma
leitura constante de ambiente e da confiança na cultura organizacional para
promover mudanças de maneira rápida", acrescenta Pedro Barra, gerente sênior
de Business Performance & Innovation (BPI) da ICTS Protiviti.

As empresas do setor enfrentam riscos e demandas externas, como o processo
de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as mudanças nas regras para conter a
contaminação da Covid-19 e as ameaças cibernéticas. E há distintos
interesses e impactos na cadeia, incluindo o faturamento dos prestadores, a
sinistralidade das operadoras, a remuneração dos médicos e a satisfação dos
pacientes. Soma-se a isso a onda de fusões e aquisições, como ocorreu com a
GNDI e a HapVida, o novo modelo testado pela Rede D´Or e a Sul America, e os
IPOs de saúde, que seguem turbinando o caixa dos grandes players para
viabilizar estes grandes movimentos. Por outro lado, as organizações
enfrentam os custos crescentes em folha e as dificuldades na atração e
retenção de talentos, que atrapalham a construção e a manutenção da cultura
organizacional.

Todas essas questões completam a lista de principais preocupações apontadas
para este ano, que são:
1.    Políticas e regulamentações relacionadas à pandemia impactam o
desempenho dos negócios;
2.    [Novo risco] Custos de folha crescentes impactam metas de
rentabilidade;
3.    Condições de mercado relacionadas à pandemia reduzem a demanda do
cliente;
4.    Desafios de sucessão, capacidade de atrair e reter os melhores
talentos;
5.    Mudanças regulatórias e o aumento do escrutínio regulatório podem
afetar a maneira como os produtos e serviços são oferecidos
6.    [Novo risco] Mudanças no ambiente de trabalho geral podem representar
desafios na sustentação da cultura organizacional e do modelo de negócio;
7.    [Novo risco] Aderência às regulações e expectativas crescentes sobre
privacidade de dados podem exigir alto volume de recursos para
reestruturações;
8.    A adoção de tecnologias digitais pode exigir novas habilidades ou
esforços significativos para melhorar ou requalificar os funcionários
existentes;
9.    Organizações podem não estar preparadas para lidar com ameaças
cibernéticas que interrompam os negócios e/ou afetem negativamente a marca
10.  [Novo risco] Facilidade de entrada de novos competidores no setor e
outras mudanças significativas no ambiente competitivo como concentração de
mercado via fusões e aquisições;

O executivo ainda comenta que a mudança no ambiente da taxa de juros e o
descontrole da inflação pressionam em especial o elo de prestação de
serviço, como os hospitais e as clínicas de médio porte, que têm maior
dificuldade de atração e retenção de talentos e menor poder de negociação
frente a grandes fornecedores e operadoras, que repassam o aumento de custos
e sinistralidade. "Para sobreviver neste ambiente, é necessário estruturar a
gestão da performance, promover mudanças e acompanhar os resultados de
perto", finaliza Barra.